Maioria do PSDB considera candidatura de Eduardo Leite mais viável, afirma José Aníbal

Segundo o senador suplente da legenda, o fato da rejeição do ex-governador do Rio Grande do Sul ser menor que a de Doria pode colocá-lo na disputa eleitoral, principalmente neste momento em que vários partidores vão escolher um único nome

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2022 09h36 - Atualizado em 18/04/2022 13h02
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Divulgação/PSDB José Aníbal Senador suplente e ex-presidente do PSDB José Aníbal

O senador suplente José Aníbal (PSDB-SP), ex-presidente do PSDB, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 18, para falar sobre as últimas movimentações políticas, principalmente a união de partidos de centro e direita para lançar uma candidatura única à Presidência da República. Segundo ele, nesse novo contexto, é possível que o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), perca o posto de candidato para o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já que o partido o enxergaria como mais viável, após meses de Doria como candidato e com baixa intenção de voto nas pesquisas.

“O PSDB realizou as prévias em novembro e nós estamos chegando agora no final de abril e, o candidato indicado pelas prévias tem tido uma certa dificuldade em crescer na avaliação de intenção de voto e tem tido um permanente índice de não aceitação, de não voto, que não é pouco expressivo, é o maior dentre todos os candidatos, segundo as últimas pesquisas. Essa situação leva a uma inquietação dentro do PSDB, com relação à constituição de chapas da para disputar as eleições de deputados estaduais, federais, senadores, governadores e também leva a um movimento de busca de alternativas. Há já um conjunto de partidos, Cidadania, MDB, União Brasil e PSDB com um procedimento interno, que eles vão querer uma candidatura única. E, dentro desse procedimento, a candidatura do ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se coloca também. Esse procedimento se sobrepõe em um certo sentido aos procedimentos internos de todos os partidos. Não podemos omitir nenhuma postura de candidatura presidencial que seja legítima, esteja filiada a um partido e que se coloque nesse procedimento no qual esses partidos vão definir um candidato único no mês de maio”, afirmou Aníbal.

“É importante que essa decisão se viabilize agora no mês de maio, senão é muito difícil afirmar uma candidatura tão próximo as eleições [em caso de aguardar até a realização da convenção partidária]. Isso foi possível, em 94, com o Plano Real. Foi a partir do Plano Real, em julho de 94, que a candidatura do presidente Fernando Henrique começou a crescer. Ela era uma candidatura de um dígito, 4%, 5%, quando a população passou a associar a candidatura dele a um plano que fazia com que os salários chegassem ao final do mês, então ele cresceu enormemente. Não é o caso de agora, embora eu ache que tem muita coisa para acontecer nessas eleições. Eu sou dos que defende a candidatura do Eduardo Leite porque ele tem uma baixíssima rejeição e tem o que mostrar, o que ele fez no Rio Grande do Sul, que tem uma alta avaliação positiva e uma relação muito boa, no sentido de criar uma convergência para definir um programa (…) Nós não vamos deixar de apresentar, e ele já está se movimentando pelo Brasil, a candidatura de Eduardo Leite. É uma candidatura viável. Inclusive o partido considera isso hoje de forma muito majoritária“, finalizou.

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