Mais de mil pessoas já foram presas em protestos contra mudanças climáticas no Reino Unido

  • Por Jovem Pan
  • 11/10/2019 09h38 - Atualizado em 11/10/2019 10h01
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EFE No aeroporto London City, um ativista chegou a escalar um avião; 12% das emissões de carbono do planeta são feitas pelo meio de transporte

Os protestos contra a falta de ação dos governos ao redor mundo para combater as mudanças climáticas continuam em Londres, no Reino Unido. A primeira semana de mobilizações teve até agora 1.112 ativistas do Extinction Rebellion presos pela polícia britânica.

Nesta quinta-feira (10), o grupo teve como alvo o aeroporto London City, que fica perto do centro financeiro da cidade é utilizado principalmente por executivos. Um ativista chegou a escalar um avião e outro foi preso ao realizar um protesto dentro da cabine e se recusar a sentar em seu assento. A estação de metrô que serve o terminal também foi alvo de protestos, assim como o saguão principal do London City.

A aviação comercial é um dos grandes poluidores do planeta e contribui com 12% das emissões de carbono feitas pelos meios de transporte. O assunto é bastante delicado na cidade – há um grande debate sobre a ampliação do aeroporto de Heathrow, com a construção de uma nova pista.

Na época em que era prefeito de Londres, o atual primeiro-ministro do país, Boris Johnson, chegou a sugerir a construção de mais um aeroporto na cidade, mas a ideia não deu certo, tanto por questões financeiras como ambientais. Apesar disso, a ampliação do Heathrow, que já é um dos mais movimentados do mundo, segue em debate.

Ao mesmo tempo, as companhias áreas já se movimentam para demonstrar que estão compromissadas com as ações de combate ao aquecimento global. A British Airways, por exemplo, garantiu que vai compensar as emissões de todos os seus voos domésticos a partir do ano que vem. O grupo que controla a companhia área britânica prometeu, ainda, alcançar a neutralidade de emissões de todos os seus globalmente até 2050.

A empresa reconhece que a aviação comercial ainda está muito distante de popularizar combustíveis alternativos – aviões elétricos ou híbridos não devem ser uma realidade próxima para os voos longos. Por isso, as empresas devem focar em ações compensatórias enquanto a tecnologia não se desenvolve.

*Com informações do repórter Ulisses Neto

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