Mais disciplinas e carga horária maior: SP se prepara para ano letivo com mudanças

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2020 07h25 - Atualizado em 13/01/2020 08h35
As férias de julho passarão a ser de quinze dias e não mais de trinta -- e as de final de ano serão de um mês e não mais de dois

Começarão a valer neste ano, a partir de 3 de fevereiro, as mudanças anunciadas pelo governo de São Paulo para as escolas estaduais. O projeto Inova Educação prevê carga horária diária maior de 15 minutos, aumento no número de disciplinas — além de alterações nas férias.

O novo modelo entrará em vigor para os 2 milhões de estudantes matriculados nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na rede estadual de São Paulo.

Mais quatro disciplinas serão acrescentadas no currículo dos alunos. Duas delas serão eletivas, uma será sobre tecnologia e a outra chama-se projeto de vida.

O secretário estadual de educação, Rossieli Soares, explicou o objetivo da inclusão dessas matérias.

“É uma mudança importante que visa também o desenvolvimento das competências sócio-emocionais além do cognitivo. Mas também as outras competências que precisam ser trabalhadas.”

Para acomodar essas quatro novas disciplinas, o governo mexeu no tempo de duração das aulas e no número delas por dia. Os alunos passarão a ter sete aulas de 45 minutos e não mais seis aulas de cinquenta minutos.

Com isso, os estudantes do período matutino passam a sair da escola às 12h35 minutos. No período vespertino, a saída passará a ser às 18h35 da tarde.

O calendário das férias para os estudantes também será alterado. A partir deste ano, haverá uma semana de descanso em abril e uma em outubro.

Isso porque existe, nessa época, as chamadas semanas do saco cheio — ou seja, quando não há um recesso oficial, mas muitos alunos não vão às escolas por emendar um feriado no outro.

As férias de julho passarão a ser de quinze dias e não mais de trinta — e as de final de ano serão de um mês e não mais de dois.

Segundo o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, longos períodos de descanso não são positivos para a fixação do aprendizado.

“Quando a gente vai olhar para os estudos, alunos que estão fixando a mão para aprender a escrever e ficar 30 dias afasto voltará muitos passos atrás. Esse efeito é mais perverso para crianças mais pobres. O que tem mais condições viaja, vai para colônia de férias e provavelmente não terá tanto impacto.”

O governo afirma que preparou mais de 120 mil professores da rede pública estadual de ensino para as novas regras. Também há a possibilidade de novas contratações.

*Com informações da repórter Nicole Fusco 

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