Mais países suspendem uso da vacina de Oxford; Fiocruz garante segurança

Portugal paralisou a aplicação do imunizante contra a Covid-19 em menores de 60 anos; decisão acontece após agência reguladora confirmar a relação entre o composto e casos raros de coágulos sanguíneos

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2021 06h29 - Atualizado em 09/04/2021 09h45
SANDRO PEREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 02/03/2021 Enfermeira preparando dose da vacina da AstraZeneca para imunizar idosa em Manaus Em São Paulo, a vacinação de pessoas com 65 e 66 anos será feita com a vacina de Oxford

Acompanhando outros países, Portugal suspendeu o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em menores de 60 anos. A paralisação é temporária e ocorreu após a Agência Europeia de Medicamentos confirmar ligação entre o imunizante e casos raros de coágulos sanguíneos, mas manteve a recomendação de aplicação. Segundo a Direção-Geral de Saúde do país, a recomendação é que as doses sejam administradas apenas em idosos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou a inclusão de possíveis ocorrências na bula da vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesta quinta-feira, 8, a presidente da fundação, Nísia Trindade, reforçou a segurança do imunizante. “Ela foi claramente colocada como evento muitos raros, que ainda não se têm a evidência da associação com a vacinação, que são os eventos de trombose e trombocitopenia como foi bem registrado ontem [terça]. Que 200 milhões de pessoas no mundo já foram vacinadas com a nossa vacina. Esse é um dado muito importante, os senadores se somarem a nós nesse esclarecimento sobre os benefícios da vacina. “

Em São Paulo, a vacinação de pessoas com 65 e 66 anos será feita com o imunizante. A meta é imunizar 760 mil pessoas nessa faixa etária a partir de 21 de abril. O anúncio vem após a suspensão do envase da CoronaVac pelo Instituto Butantan por falta de insumos da China. Após reunião com o diretor do instituto, Dimas Covas, o governador João Doria anunciou a chegada de uma nova remessa de insumos para o processamento de mais cinco milhões de doses do composto. “Temos notícias que o Butantan estaria com a sua produção paralisada, não é verdade. O Butantan está entregando a vacina dentro dos prazos previstos. Tivemos também a boa notícia da autorização do embarque de mais 3 mil litros dos insumos, do IFA, para a produção da vacina nas instalações do instituto em São Paulo”, disse. A primeira de duas remessas previstas para abril deve chegar até dia 20 e permitirá concluir a entrega de 46 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) ainda neste mês.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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