Marcos do Val critica pedido de Randolfe por nova CPI: ‘Estupidez’
Senador vê interesse político e eleitoral no requerimento do colega e fala em irresponsabilidade com a população: ‘Não tem compaixão ao próximo’
O senador Marcos do Val considera que a abertura de uma nova CPI da Covid-19 é uma “estupidez” e atitude irresponsável. Na visão do parlamentar, o colegiado instalado no Senado Federal no ano passado ainda não deu resultados efetivos, o que torna mais questionável a criação de uma segunda Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia. Para ele, um novo colegiado em ano eleitoral é um movimento político, caracterizado por senadores pouco preocupados com os brasileiros e que buscam palanque político. “É do nível da irresponsabilidade, não ter compaixão ao próximo. Você está pensando no seu marketing pessoal, na sua abstinência, mas não no povo brasileiro, em alguns que vão deixar de morrer pela Covid-19 e vão morrer pela fome”, afirmou o senador ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.
Marcos do Val entende que a criação de uma nova CPI traria maiores inseguranças econômicas ao país, com repercussão no mercado, o que pode levar a perda de investimentos e impactar diretamente a população. Por isso, ele defende outros meios de fiscalização. “Convidá-los ou convocá-los para estarem nas comissões e lá sim fazer uma sabatina, perguntas, questionar, mas não a necessidade da abertura de uma CPI. Tem sim que apurar isso, porque não podemos deixar passar erros cometidos, mas existem outros meios menos traumáticos, com menores repercussões para gerar fome no Brasil.”
As discussões sobre a instalação de uma nova comissão da Covid-19 no Senado Federal surgiu após o senador Randolfe Rodrigues protocolar um requerimento para instalação do colegiado. Ele defende que sejam abordadas as ações de combate à pandemia a partir de novembro do ano passado. Para Marcos do Val, no entanto, o posicionamento é fruto de uma “abstinência de imagem”. “Randolfe deve estar com abstinência de imagem, de não estar nos principais canais de televisão falando. É ano eleitoral, um ano de 27 senadores vão estar pleiteando sua reeleição ou outra posição. É um ano em que qualquer coisa pode definir o sucesso ou fracasso de candidato A ou B”, finalizou.
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