Máscaras de proteção passam a ser obrigatórias na Inglaterra nesta sexta

Estão isentas crianças com menos de 11 anos e também pessoas que tenham necessidades especiais

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 24/07/2020 08h47 - Atualizado em 24/07/2020 10h56
EFE/YONHAP Quem não cumprir a regra pode ser multado em até 100 libras, o equivalente a cerca de R$ 650

A partir desta sexta-feira (24) o uso de máscaras ou algo semelhante para cobrir o rosto passa a ser obrigatório na Inglaterra. Demorou, mas finalmente o primeiro-ministro Boris Johnson se convenceu de que a prática é importante para ajudar a conter o coronavírus. As regras, no entanto, não são tão simples quanto parecem e ainda não está claro se haverá forte adesão da população, como no Brasil. O uso obrigatório passa a valer para a maior parte do comércio e continua também para o transporte público.

Estão isentas da utilização crianças com menos de 11 anos de idade e também pessoas que tenham necessidades especiais. Quem não cumprir a regra pode ser multado em até 100 libras, o equivalente a cerca de R$ 650. A fiscalização caberá à polícia, mas o governo também está pedindo a ajuda dos comerciantes para reforçarem a necessidade de cobrir o rosto. Só que grandes redes lojistas já avisaram que a instrução dada para os funcionários é para que eles não abordem os clientes sem máscaras. Elas entendem que a obrigação de fiscalizar e punir quem não cumpre as regras é do governo.

A postura é compreensível se levarmos em conta os casos de abuso e violência até mesmo contra policiais por causa do uso de máscara que têm sido registrados no Brasil e também nos Estados Unidos. E também porque os estabelecimentos não precisam obrigar os funcionários a utilizarem as máscaras, segundo as regras do governo britânico. Uma postura diferente do que ocorre em São Paulo, por exemplo, onde os comerciantes podem ser multados em até R$ 5 mil se um funcionário ou cliente não estiver cobrindo o rosto. Segundo o governo paulista, a adesão por aí da utilização de máscaras chegou a 98% da população.

Esse índice dificilmente será alcançado na Inglaterra, até porque existem muitas exceções. As academias de ginástica voltam a abrir as portas amanhã e elas fazem parte do grupo de estabelecimentos em que as pessoas não precisam utilizar máscaras. Cinemas, teatros, restaurantes, salões de beleza e museus estão livres das máscaras obrigatórias, ainda que não tenha ficado exatamente claro o critério para esta decisão.

Ampliação da vacina contra gripe

Também hoje foi confirmado que o Reino Unido pretende ampliar consideravelmente a campanha de vacinação contra a gripe neste inverno. A ideia é imunizar praticamente a metade da população do país, pouco mais de 30 milhões de pessoas. Isso, claro, vai gerar alguma polêmica — porque mesmo em um lugar que se acredita intelectualmente desenvolvido como o Reino Unido os anti-vaxxers também existem. Boris Johnson classificou o grupo de “doidos” nesta manhã e é difícil discordar dele nessa. Os britânicos querem evitar uma temporada de gripe muito ativa ao mesmo tempo em que o coronavírus também será uma ameaça e por isso a campanha de vacinação em massa será realizada nos próximos meses.

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