Médico que usou ‘blackface’ para simular conversa com paciente pobre pode ser investigado pelo CRM
Professor de Medicina Ronald, Sergio Pallotta Filho, usou uma máscara preta durante aula virtual; em nota, ele afirma que não tinha intenção de ‘expor conteúdo racista’ e pediu desculpas
Os alunos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa pretendem levar ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo o caso do professor que usou uma máscara preta para representar um diálogo com um paciente pobre. O caso aconteceu na última terça-feira, 6, durante uma aula virtual para o primeiro ano do curso de Ciências Médicas da Santa Casa. Os estudantes filmaram a tela do computador com a aula do professor e o vídeo viralizou na internet. As imagens mostram o médico Ronald Sergio Pallotta Filho com uma máscara preta falando de forma jocosa simulando um paciente do SUS. O tema da aula, segundo os estudantes, era mostrar como a boa relação entre médico e paciente pode facilitar um diagnóstico. Esse tipo de ridicularização é chamada de “blackface” e é considerada uma prática racista contra pessoas negras.
A Santa Casa de São Paulo afirmou que “repudia veementemente qualquer ação de cunho racista ou preconceituoso” e determinou abertura de sindicância que pode resultar no afastamento do médico. Em nota, o professor de medicina Ronald Sergio Pallotta Filho pediu desculpas e afirmou que não tinha intenção de “expor conteúdo racista” ao usar uma máscara preta. Segundo ele, a máscara foi uma “inocente e infeliz escolha”.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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