Menino colombiano ameaçado de morte por ativismo na pandemia é celebrado pela ONU
Francisco Vera fundou, em 2019, um grupo em que crianças marchavam até o centro da cidade recolhendo o lixo pelo caminho
Francisco Vera, um ambientalista colombiano de apenas 11 anos, é reconhecido pela Organização das Nações Unidas pelo seu ativismo. O jovem ganhou destaque por suas campanhas ambientais e pela defesa dos direitos das crianças. No início do ano, Francisco recebeu ameaças de morte após pedir ao governo melhor conectividade à internet para crianças que estudam online durante a pandemia de Covid-19. De acordo com ele, “a crítica faz parte da vida, desde que seja construtiva e respeitosa. Obviamente não há lugar para insultos e ameaças”. O incidente ganhou repercussão na Colômbia, onde a violência contra ativistas de direitos humanos e líderes ambientais está aumentando.
Na carta assinada por Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, a organização agradece seu ativismo e diz que o mundo precisa de mais jovens com sua “paixão por proteger o planeta”. O documento foi entregue pessoalmente a Francisco pelo delegado de Bachelet na Colômbia. Ele agradeceu o reconhecimento e disse que planeja trabalhar em uma campanha para proibir plásticos de uso único no país. Francisco Vera começou a carreira de ativista aos seis anos. Em 2019 fundou um grupo Guardiões Para Vida, onde sete crianças marchavam até o centro da cidade recolhendo o lixo pelo caminho. Hoje, o grupo conta com mais de 200 membros em 11 províncias colombianas. Vera também faz parte do movimento Fridays for Future, da ativista sueca Greta Thunberg.
*Com informações da repórter Livia Fernanda
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