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Mesmo com protestos dos ‘coletes amarelos’, popularidade de Macron sobe para 34%

"O acordo nuclear com o Irã não atende todas as nossas preocupações. Temos que pensar em algo mais abrangente", disse Macron

Três meses de quebradeira em Paris, bloqueios nas estradas do interior e manifestações ao redor da França, por incrível que pareça, fizeram bem para o presidente Emmanuel Macron.

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Uma pesquisa de opinião divulgada pela revista Paris Match aponta que a popularidade de Macron disparou nos últimos dois meses. Hoje, 34% aprovam o trabalho do chefe do Eliseu, 11 pontos percentuais a mais que o índice apurado em dezembro. Ainda não é nada que arranque suspiros, é verdade. Quando assumiu o poder, em 2017, Macron tinha 56% de aprovação.

Mesmo assim, a arrancada acontece em um momento crucial para a política da França. Mais importante que a aprovação do chefe de estado é o crescimento da popularidade do partido dele. A mesma pesquisa indica que hoje o En Marche voltou a ser favorito nas eleições para o parlamento europeu em maio, deixando o Reagrupamento Nacional, antiga Frente Nacional, de Marine Le Pen, para trás.

Há uma grande expectativa ao redor do continente de que os partidos nacionalistas e de extrema-direita vão aumentar significativamente sua presença no parlamento em Estrasburgo, o que representa uma ameaça para o projeto europeu. E Macron é tido como o principal avalista da unidade europeia; por isso a popularidade dele em casa importa para todo o bloco.

Essa arrancada dos últimos meses se deve principalmente à resposta que o governo de Paris deu aos protestos dos coletes amarelos. Macron aposta no chamado Grande Debate nacional.

Toda semana o presidente se encontra com centenas de prefeitos e líderes regionais ao redor do país para discutir soluções para os problemas da França. As reuniões são quase um evento de campanha. Macron arregaça as mangas, escuta com atenção às reclamações e responde de forma clara e sem afetações retóricas. Tem servido para quebrar a imagem de que ele é o presidente dos ricos desconectado da realidade das massas.

Mas o próprio Emannuel Macron reconhece que está caminhando sobre o gelo. E que seus debates precisam se tornar soluções práticas logo para evitar uma nova virada no humor francês.

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