Ministério da Saúde vê possibilidade de epidemia de dengue e de chikungunya em alguns Estados

Primeira teve aumento de 53% de casos de janeiro a março em comparação com mesmo período de 2022, enquanto a segunda registrou elevação de 98%

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2023 07h22
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO Mosquito aedes aegypti na janela Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, da zika, da chikungunya e da febre amarela.

Após o recorde de mortes por dengue em 2022, o Ministério da Saúde emitiu um alerta para o aumento de casos da doença e também da chikungunya em todo o Brasil neste ano de 2023. A pasta demonstra preocupação com a possibilidade de confirmar uma epidemia em alguns Estados do país já nas próximas semanas. A dengue avançou 53% de janeiro a março, e a chikungunya, 98% no mesmo período, na comparação com os mesmos meses em 2022. Foram contabilizados 404 mil casos de dengue, com 117 mortes; 54 mil casos de chikungunya, com 6 mortes; e 1.625 casos de Zika, mas sem mortes. Paulo Olzon, infectologista da Universidade Federal de São Paulo, destaca a importância de ações preventivas contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti: “Nós estamos em um período, desde o ano passado, com uma quantidade de chuva muito grande. Nos meses de março e fevereiro choveu praticamente quase todos os dias em São Paulo. Isso ocorreu na região sudeste e na região centro-oeste. Isso explicaria o aumento de casos”. Em 2022, a dengue levou 1.016 pessoas à morte, a maior marca histórica desde 2015, quando 950 óbitos. Além da dengue, o mosquito também é transmissor da zika, chikungunya e febre amarela.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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