Ministério e Secretaria descartam risco de transmissão de vírus da febre hemorrágica
O Ministério da Saúde disse que não existe risco de transmissão do arenavírus à população geral. A morte de um morador de Sorocaba, em São Paulo, devido às complicações causadas pela febre hemorrágica foi o primeiro caso da doença no Brasil desde 1999.
Este foi apenas o 5º caso da enfermidade no país, sendo que os outros quatro ocorreram nos anos 1990.
O secretário substituto de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, Júlio Croda, classifica a situação como “um evento limitado do ponto de vista de emergência de saúde pública”.
A maior preocupação, no momento, é com os profissionais de saúde que ficaram expostos a secreções do paciente que morreu.
Segundo Júlio Croda, como foi uma transmissão eventual não há uma orientação à população. “Nesse momento não existe nenhum alerta específico para a população no sentido de cuidados específicos.”
Seis profissionais que tiveram contato com a vítima estão em observação pelo período de 21 dias.
A transmissão acontece ao inalar partículas formadas pela saliva, urina ou fezes de roedores infectados. Também pode ocorrer de pessoa a pessoa, quando há contato muito próximo ou prolongado com alguém contaminado.
Como o processo é diferente, o patologista do Hospital Albert Einstein, João Renato Rebello Pinho, afirma que é uma doença mais difícil de ser transmitida.
A diretora de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, Helena Sato, também tranquiliza a população. “Não há necessidade de pânico, não há necessidade de correria aos postos de saúde. Não é um vírus de grande dispersão.”
A doença tem como primeiros sintomas febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de cabeça, tontura, sensibilidade à luz, constipação e sangramentos na boca e nariz.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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