Ministério Público de SP pede que Enel pague indenização a 2,1 milhões de afetados por apagão

Órgão instaurou inquérito para investigar a atuação da distribuidora de energia

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2023 06h38 - Atualizado em 08/11/2023 06h42
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YURI MURAKAMI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO apagão Apagão foi registrado na última sexta-feira, 3, em São Paulo

O promotor Silvio Marques afirmou nesta terça-feira, 7, que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um inquérito para investigar a atuação da Enel, distribuidora de energia, durante o apagão no Estado. Além de checar se houve omissão da concessionária no restabelecimento dos serviços, o documento deve apurar os danos aos cofres públicos estaduais. “Embora seja uma empresa privada, não escapa das suas responsabilidades, da prestação de serviço correta. Ela pode ser obrigada a pagar uma indenização para a Prefeitura e para o Estado e também por dano moral coletivo”, disse o promotor. O Ministério Público de São Paulo também propôs um acordo a Enel para o pagamento de indenização aos 2,1 milhões de afetados pela falta de energia elétrica. O objetivo do órgão é, principalmente, evitar uma enxurrada de ações individuais na Justiça. De acordo com a promotoria, a empresa terá um prazo de 15 dias para responder se aceita a proposta. Como forma de evitar novos incidentes, o órgão ainda destacou o projeto em andamento na Prefeitura para o enterramento de fios na capital paulista. O custo total da medida, segundo o promotor, seria de R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões e teria três fontes de financiamento. A chamada “contribuição de melhoria” seria cobrada diretamente de quem desejar o benefício. “Alguém precisa pagar e a Prefeitura não pode pagar sozinha. Já fica o aviso. Se a população falar ‘vou precisar pagar alguma coisa?’, sim. Infelizmente vai ser isso, não tem outra solução neste momento enquanto não tiver uma política nacional”, comentou Silvio Marques. A estimativa, ainda de acordo com o promotor, é de que o custo por imóvel de determinada região que aceite o serviço seja de R$ 700. O projeto está em andamento há dois anos. A proposta definitiva deve ser enviada pela Prefeitura no próximo dia 21.

*Com informações da repórter Letícia Miyamoto.

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