Ministro da Educação reforça que não interfere na elaboração das questões do Enem

Em entrevista à Jovem Pan News, Victor Godoy detalhou os preparativos para o exame e também falou sobre o processo de transição para o novo governo

  • Por Jovem Pan
  • 11/11/2022 10h54 - Atualizado em 11/11/2022 11h35
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Luis Fortes/MEC Victor Godoy Veiga Victor Godoy Veiga é o ministro da Educação do governo Bolsonaro

Neste domingo, 13, mais de 3 milhões de candidatos inscritos vão participar do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A próxima etapa acontecerá no próximo domingo, no dia 20 de novembro. Muitas cidades estão se preparando, com sistema exclusivo de transporte inclusive. Pra falar sobre as expectativas da organização da prova, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o ministro da Educação, Victor Godoy, que fez questão de destacar que não interfere politicamente na elaboração da prova: “A escolha das questões é feita por essa equipe de avaliação pedagógica. O que prevê a lógica da execução do Enem é que seja um exame que meça conhecimentos para o preparo dos estudantes para ascender ao ensino superior. Essa é sempre a diretriz colocada nas normas de quem está nesse processo de elaboração. Não há nenhuma interferência ou participação minha, ou de qualquer outro dirigente do Ministério da Educação nesse processo. As questões são todas pré-testadas e compõem um banco de itens”.

“Nós fizemos uma pré-testagem este ano, para garantir as questões do Enem deste ano. E já temos tudo bem estruturado para que seja feita essa pré-testagem também em 2023, inclusive com algumas parcerias que estão sendo gestadas. Importante lembrar que uma questão, para ser aplicada no Enem, passa por diversas etapas. Primeiro ela é elaborada, depois tem uma revisão técnico-pedagógica, que é feita pelas equipes do Inep, e depois tem a pré-testagem. Para fazer a pré-testagem nós precisamos de salas de aula e alunos. Em 2020, tivemos o fechamento das escolas em todo o país. Por essa razão, quem em 2020 e 2021 não foi feita essa pré-testagem. Mas teve um acompanhamento do número de questões do banco de itens e isso está sendo muito bem encaminhado com essa pré-testagem desse ano e todo o planejamento preparado para o ano que vem”, detalhou o ministro.

A respeito dos preparativos, Godoy destacou o envolvimento de mais de 500 mil pessoas na organização do exame e o envolvimento de todas as forças de policiamento do país como Exército, Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Federa, Secretarias de Segurança e Polícia Rodoviária Federal. O ministro da Educação informou que mais de 77% dos alunos já cerificaram seus locais de prova e alertou que cerca de 700 mil estudantes ainda não acessaram essa informação. Além disso, ele também apontou para a proibição de aparelhos eletrônicos, que são guardados durante a execução do exame, para a obrigatoriedade da caneta preta de corpo transparente e ressaltou as novidades do Enem.

“Temos novidades neste ano. Aceitamos a identificação digital, com o RG digital, o E-título e a carteira de motorista digital. Lembrando que não pode ser uma fotografia, tem que acessar diretamente o aplicativo oficial do documento. Várias novidades que promovemos no Enem deste ano, inclusive o pagamento via PIX, que foi uma facilidade para todos os estudantes do Brasil pagarem, porque antes tinha que ter o boleto, tinha que utilizar o aplicativo do banco, ou se dirigir a uma lotérica ou agência bancária. São várias novidades, tudo dentro do cronograma e esperamos que será uma excelente prova para todos os estudantes”, declarou.

O ministro também deu detalhes do processo de transição para novo governo e declarou que a equipe de Lula (PT) “precisa de informar melhor” sobre a atuação recente do Ministério da Educação: “Transição está sendo coordenada pela Casa Civil, toda a parte de envio de informações vai ser feita pela Casa Civil utilizando um modelo do governo de gestão. O Ministério da Educação está à disposição para fazer as conversas necessárias. Já houve um contato conosco e a gente deve agendar uma reunião para apresentar. Eu vejo que muitas das informações discutidas não são de conhecimento deles e do que o Ministério da Educação fez nesses últimos anos e todas as importantes transformações que a gente trouxe para a educação brasileira e para tirar a educação dos índices horríveis que o Brasil ostentava até 2018”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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