Ministro da Educação diz que decisão sobre volta às aulas não cabe ao MEC
O ministro afirmou que o governo está elaborando um protocolo de biossegurança para a retomada e defendeu que as famílias possam participar da decisão
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou nesta quinta-feira, 17, que, se dependesse dele, “as aulas voltariam amanhã”, mas disse que o ministério não tem esse poder. As declarações foram dadas durante depoimento audiência pública da comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as ações de enfrentamento à Covid-19. O ministro informou que o governo está elaborando um protocolo de biossegurança para a retomada e defendeu que as famílias possam participar da decisão. “Se dependesse de mim, retornava amanhã, mas temos os riscos”, afirma.
Milton Ribeiro anunciou a liberação de R$ 525 milhões para que as escolas adquiram itens necessários para a retomada. “A destinação é para itens de consumo para higiene do ambiente e das mãos, contratação de serviços especializados para desinfecção, realização de pequenos reparos, adequação das salas e melhoria do acesso a internet para alunos e professores”, explicou. O ministro disse que pretende “ouvir a todos” e afirmou que tem sido criticado por “instituições que estão mais à direita do espectro ideológico” por dialogar com outros grupos. “Não é possível o MEC viver num embate ideológico e deixar a qualidade da educação em segundo plano. Sou conservador. Se quiserem me rotular como de direita, eu sou. Mas, como sou oriundo da universidade, acredito que não sou dono da verdade. Eu gostaria de ouvir a todos. A universidade tem esse nome não é à toa: é uma universidade de ideias e pensamentos que precisamos respeitar”, disse. Milton Ribeiro anunciou ainda a liberação de R$ 187,8 milhões em recursos extras para hospitais universitários vinculados a universidades federais, mantidas pelo Ministério da Educação.
*Com informações do repórter Vitor Brown
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