Ministro lamenta apropriação política “medíocre” em críticas à exposição cancelada no RS

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2017 09h20 - Atualizado em 20/09/2017 13h13
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Antonio Cruz/Agência Brasil) Na avaliação do ministro da Cultura, as manifestações artísticas precisam ser preservadas

O ministro da Cultura saiu em defesa da liberdade de expressão e falou em “ameaça do obscurantismo”, com o fechamento de exposições. Nesta terça-feira (19), Sérgio Sá Leitão criticou a exploração política do episódio envolvendo a mostra realizada pelo Banco Santander, em Porto Alegre.

A instalação foi cancelada após ser acusada de promover a pedofilia, zoofilia e a sexualização de crianças.

Na avaliação do ministro da Cultura, as manifestações artísticas precisam ser preservadas: “acho lamentável. Acho que estamos com ameaça de obscurantismo muito forte. Tema que está sendo apropriado politicamente de forma medíocre, lamentável e deletéria”.

Sérgio Sá Leitão avaliou que as manifestações contrárias à exposição fazem parte da democracia.

O ministro sugeriu a criação de um sistema de classificação indicativa, que restrinja a entrada de menores de idade: “os artistas que criaram as obras desta exposição têm todo o direito de se expressarem desta forma. O Instituto Santander tinha o direito de fazer a exposição, assim como tinha o direito de fechar. Nós temos classificações indicativas para uma série de coisas, por que não para exposições também?”.

Leitão participou da inauguração da nova sede do Instituto Moreira Salles, em São Paulo. O centro cultural fica na Avenida Paulista e abre as portas ao público nesta quarta-feira.

O prédio tem sete pisos, uma área expositiva de 1,2 mil metros quadrados e vai abrir exposições de fotografia, cinema, oficinas, shows musicais e debates.

*Informações do repórter Vitor Brown

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