Ministros do STF dizem que eleições afirmam soberania da vontade do povo

Magistrados exaltaram a democracia e as urnas eletrônicas em suas sessões eleitorais

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2022 07h21 - Atualizado em 03/10/2022 07h24
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Fachada do STF Palácio do Supremo Tribunal Federal na Praça dos Três poderes em Brasília

Neste domingo, 2, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, votou em uma escola, em Brasília. Na saída, ela ressaltou a importância do processo eleitoral como forma de garantir a democracia com respeito à vontade do povo brasileiro: “Hoje é um dia muito importante para nós, brasileiros e brasileiras, porque é um dia que nós estamos celebrando a democracia, essa democracia que nos une nas nossas diferenças e que o povo, de uma forma consciente e independente, define os destinos do nosso país via afirmação de sua vontade soberana. E eu desejo sinceramente que no futuro nós possamos olhar para esse 2 de outubro de 2022 e concluirmos que ele representou uma afirmação do nosso Estado democrático de direito”. O ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do STF, também votou na capital federal e ressaltou que o próximo presidente da República terá que buscar alianças para unir o país: “O próximo presidente, seja quem for eleito, devia fazer um discurso agregador e procurar consensos mínimos que possam agregar às pessoas de diferentes convicções do país”.

“A minha agenda certamente é uma agende de consenso que o país deve incluir. A começar pelo combate à pobreza, que infelizmente voltou em níveis que nós não devemos deixar de atentar. Eu penso que o desenvolvimento sustentável é muito importante. O país precisa crescer para ter o que distribuir, respeitando o meio ambiente. Uma agenda em que a educação básica seja verdadeiramente uma prioridade, e não apenas um discurso”, declarou Barroso. O ministro Dias Toffoli também votou em Brasília e ao deixar a sessão eleitoral declarou que a eleição é um momento de igualdade: “O voto é aquele momento em que todo cidadão é igual ao outro, é o único momento, talvez, em que todo mundo seja realmente igual. Porque o peso da pessoa mais rica no Brasil e a pessoa mais pobre vale o mesmo. Essa é a importância das pessoas comparecerem e votarem.

Após votar em Brasília, o ministro Ricardo Lewandowski, que também é vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), descredibilizou o documento do Partido Liberal, legenda de Jair Bolsonaro (PL), que lançou dúvidas sobre o processo eleitoral: “Desde o momento em que as urnas eletrônicas foram introduzidas no processo eleitoral, jamais se duvidou sobre a certeza e eficácia desse instrumento. Há 25 anos isto funciona e, claro, há sempre os inconformados com o resultado das eleições. Esse relatório que foi apresentado é algo absolutamente sem qualquer credibilidade. Nós temos as urnas auditadas hoje por representantes da sociedade civil, pelos próprios servidores do TSE, pelas Forças Armadas, Polícia Federal, Tribunal de Contas. É uma ferramenta absolutamente segura e os cidadãos podem ter certeza de que aquilo que expressar nas urnas como sua vontade política resultará na apuração sem nenhum problema”. Já o ministro Gilmar Mendes votou em Diamantino, no Mato Grosso, cidade em que nasceu, e disse que as instituições se fortaleceram com o processo eleitoral: “O Brasil está dando exemplo. Um comparecimento de pessoas de maneira regular e sem nenhum conflito. Não estamos tendo boca de urna e nem ensaios de violência. Estou seguro que as eleições ocorrerão de maneira pacífica e vamos dar um exemplo de democracia mais uma vez. Somos a quarta democracia do mundo e vamos dar um exemplo de democracia ao mundo”.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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