Montadoras reduzem expectativas de produção de veículos para 2022

Presidente da Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no país, garante que essa questão envolve ainda a falta de peças e minimiza impactos da crise econômica brasileira

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2022 12h40
WERTHER SANTANA / ESTADÃO CONTEÚDO Montadora de carro Expectativas para produção de veículos foram reduzidas neste ano

O mercado automotivo reduz sua projeção em relação a produção de veículos em 2022. O mercado automotivo esperava produzir em 2022 2,460 milhões carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, projeção que caiu para 2,34 milhões. O presidente da Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no país, Márcio Lima, garante que essa questão envolve ainda a falta de peças e minimiza impactos da crise econômica brasileira. “Se nós tivéssemos suficiência de insumos para manter a produção em níveis elevados, certamente já teríamos sentindo o impacto da demanda. Então isso é uma constatação. Porque que não sentimos o impacto da demanda? Porque temos uma limitação que precede a demanda que coloca um teto pela própria produção. A restrição ao crédito leva a uma mudança do perfil do consumidor, porque aquele que dependia das vendas, do financiamento acaba não tendo condição de fazê-lo e vai para o usado e para o velhinho. A gente não percebe, não vai na conta final da estatística porque há limitação de produção por questão de insumo acaba colocando uma limitação natural”, diz Márcio.

O presidente da Anfavea também eu uma perspectiva sobre normalização do mercado. “Há uma percepção de crise de demanda? Não, mas talvez um menor otimismo ao que a gente via no início do ano. Ela continua uma demanda bastante importante. Quando eu falei dos estoques, nós mergulhamos a fundo para entender se tinham alguma relação com a demanda ou alguma questão pontual. Nossa conclusão é de que eram questões pontuais. Não se refletiu no aumento de estoques, mas pode se refletir sim, é uma atenção que temos que ter. Nesse momento, o maior problema é crise de oferta”.

Confira a reportagem completa:

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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