Moradores de rua, Cracolândia e violência: Ricardo Nunes fala sobre cenário em São Paulo
Prefeito de São Paulo afirma que a pandemia da Covid-19 agravou a situação de vulnerabilidade das famílias e cita ações para combate a roubos e furtos de veículos: ‘Luta de todos os dias’
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, reconhece o aumento expressivo de pessoas em situação de rua na capital paulista, especialmente nos últimos meses. Segundo ele, censo antecipado no município apontou que 31,8 mil pessoas vivem nas ruas atualmente, situação agravada pela pandemia, avalia o prefeito. “Em 2021, o número chegava a 24 mil pessoas. A pandemia acabou forçando essa situação, a ampliar esse número de pessoas em situação de vulnerabilidade, não só em São Paulo, mas em todas as capitais do mundo”, disse Nunes, citando como exemplo os Estados Unidos. Para ele, a solução passa pela geração de empregos e de renda. “Também ampliamos os centros de acolhimento. Temos 3.500 vagas em hotéis. Pegamos hotéis inteiros e fizemos a locação para ofertar vagas, principalmente para famílias com crianças e idosos”, completou.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o prefeito de São Paulo também falou sobre outros temas importantes do cenário paulistano, como a Cracolândia e o aumento de casos de roubos e furtos de veículos. “Sabemos separar essas questões, uma coisa é morador em situação de rua e Cracolândia. Ao traficante é combate duro, prisão, ação contínua e ao usuário, esse a gente precisa fazer atendimento e acolhimento. […] Sei que existe o problema, mas preciso compartilhar o problema que hoje é menor do que tínhamos anos atrás”, pontuou, citando a prisão de 95 traficantes que ficavam na região da Praça Princesa Isabel e os serviços de recuperação terapêutica oferecidos aos usuários. “É um trabalho contínuo”, completou.
Sobre a segurança pública, Ricardo Nunes mencionou um trabalho conjunto entre a Prefeitura e a Polícia Civil e Militar para vistorias em estabelecimentos que fazem aquisições de peças de veículos, muitas vezes sem licenciamento e fruto de roubos. “Foi feita uma vistoria em 31 estabelecimentos que fazem aquisições desse material, que são as sucatas, e que não tinham licenciamento. A Polícia Civil fez a ação judiciária e a Prefeitura a interdição administrativa. É uma luta todos os dias, mas quando se tem trabalho conjunto entre a administração pública e a Polícia Civil e Militar a gente consegue ter um avanço e melhorar essa situação”, afirmou. Como a Jovem Pan mostrou, os casos de roubo e furtos de veículos em São Paulo cresceram quase 13% nos dois primeiros meses deste ano. Ao todo, foram 5.442 crimes ocorrências, contra 4.919 do ano passado.
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