Mortes suspeitas são investigadas no Rio de Janeiro; uma aconteceu no Méier e outra em Bangu

A primeira família recebeu mensagens do hospital alegando que o paciente estava estável; atestado de óbito prova falecimento no mesmo dia

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2020 09h16
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Miguel Noronha/Estadão Conteúdo Outra morte aconteceu em uma unidade médica penitenciária em Bangu

Duas mortes suspeitas no Rio de Janeiro estão sendo investigadas pelas autoridades e pelo Ministério Público. Uma delas aconteceu em um hospital de referência na Zona Norte da cidade e a outra em uma unidade médica penitenciária. Silas Ramires de Mendonça, de 37 anos, foi levado por ambulância na última semana para o Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte. Ele tinha uma lesão no braço após uma queda em uma praça. A família podia visitá-lo por causa dos protocolos da Covid-19 mas, segundo uma mensagem do próprio hospital enviada aos familiares, ele estava bem e tinha quadro estável. Entretanto, o hospital atestou que Silas morreu naquele mesmo dia e a família só soube do ocorrido no dia seguinte.

O hospital informou que esta apurando os fatos para trazer novos esclarecimentos. As autoridades investigam a situação. O Tribunal Regional do Rio de Janeiro também mandou afastar dois diretos de um hospital penitenciário de Bangu. Diego Caetano, de 29 anos, morreu em junho ao ser levado para um atendimento médico. Ele chegou na unidade andando, mas morreu logo em seguida. Imagens mostram o preso com dificuldades, uma demora no atendimento e o atestado de óbito emitido meia hora depois dele ter dado entrada no local. A suspeita é de que o atendimento tenha sido negligente e demorado. O que chama a atenção é que o atestado de óbito do detento, preso por furto e tráfico de drogas, aparece que ele morreu antes de dar entrada no hospital.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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