Mourão defende punição de Pazuello para evitar ‘anarquia’ nas Forças Armadas

Vice-presidente acredita que as regras militares devem ser cumpridas para que a situação não abra um precedente perigoso

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2021 08h33 - Atualizado em 28/05/2021 10h19
  • BlueSky
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Hamilton Mourão, vice-presidente da República, usa máscara de proteção branca e terno preto durante coletiva do Conselho da Amazônia Nas palavras do general, as medidas precisam ser aplicadas para evitar que a anarquia se instale dentro das Forças Armadas

O vice-presidente da república, Hamilton Mourão, defende que o Exército Brasileiro cumpra as regras no que diz respeito a possível punição do ex-ministro Eduardo Pazuello. Nas palavras do general, as medidas precisam ser aplicadas para evitar que a anarquia se instale dentro das Forças Armadas. Desde o início da semana, aumentou a pressão do governo federal para que o ex-ministro da Saúde não seja punido por ter participado de uma manifestação ao lado do presidente Jair Bolsonaro, sem autorização do comandante do Exército, prática considerada uma transgressão disciplinar. O entendimento do Palácio do Planalto é que Pazuello não infringiu qualquer norma, já que foi convidado para o ato pelo próprio presidente, que também é o chefe das Forças Armadas. Mas, na avaliação do vice-presidente da República, essa é uma interpretação equivocada do regimento e que pode gerar precedentes perigosos. “A regra tem que ser aplicada para evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças. Tem gente que é simpática ao governo e tem gente que não é, então cada um tem que permanecer na linha que as Forças Armadas tem que adotar. As Forças Armadas são apartidárias, não têm partido. O partido das Forças Armadas é o Brasil.”

Mourão também voltou a falar nesta quinta-feira, 27, sobre o que definiu como ‘problemas de ordem policial’ do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Na quarta-feira, o general comandou uma reunião do Conselho da Amazônia e, após o encontro, deixou clara a insatisfação com a ausência do ministro ou de qualquer representante do ministério. O vice-presidente deixou claro que sem a ajuda do Ministério do Meio Ambiente e dos órgãos de fiscalização subordinados à pasta, será complicado cumprir as metas de redução de desmatamento“A gente precisa ter a cooperação de todos, esse trabalho requer cooperação. Se não há cooperação fica complicado. Mas é aquela história, nunca deixei de fazer nada que me foi determinado que eu fizesse, então vamos tocar”, afirmou. Diante da postura da pasta do Meio Ambiente em relação ao Conselho da Amazônia e, consequentemente, às ações de combate à crimes ambientais, Mourão diz que vai conversar com o Ministro da Defesa, general Braga Neto, para ver se consegue ajuda das Forças Armadas na fiscalização.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.