Mourão: ‘O Congresso nunca teve tanta liberdade. Não está comprado’

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2019 08h51 - Atualizado em 25/09/2019 09h46
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Valter Campanato/Agência Brasil Vice-presidente disse que é preciso deixar ego e vaidade de lado para aprovar reforma tributária

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse, nesta terça-feira (24), que o Congresso Nacional nunca teve, em nenhum outro governo, tanta independência para tomar suas decisões como atualmente. Segundo ele, é a primeira vez em muito tempo que a Casa não está comprada e pode trabalhar livremente.

Em um evento no Rio de Janeiro, ele disse que conta com o bom senso do Congresso para prosseguir com a agenda econômica do Brasil. “E aí o governo do presidente que é malhado porque não vai para o Congresso brigar. Não compete ao Congresso discutir. O Congresso nunca teve tanta liberdade para debater os temas como tem hoje. O Congresso não está comprado, está livre, mas isso não está sendo reconhecido”, disse.

Ele afirmou que espera que a reforma da Previdência seja aprovada em breve, mesmo com algum atraso, e que o próximo foco será a reforma tributária, a qual acredita que pode ser concluída, sem a nova CPMF, até o meio do ano que vem desde que haja consenso entre as propostas da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do governo. Para isso, de acordo com Mourão, é preciso deixar o ego e a vaidade de lado.

Segundo ele, o governo brasileiro não tem mais condições de dar aumentos reais – ou seja, acima da inflação – para funcionalismo e servidores públicos. Mourão ressaltou que esse tipo de ajuste, como acontecia no passado, pode acontecer “eventualmente” desde que a economia brasileira volte a avançar, mas de forma “vigorosa e robusta.”

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, por exemplo, está em 0,8%, número muito a baixo da projeção feita no ano passado pelo Orçamento 2019, que esperava uma expansão de 2,5%%.

Por isso, Mourão defendeu o teto de gastos e ressaltou a necessidade de o governo cortar cada vez mais despesas. Ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assumiu um “verdadeiro abacaxi na área econômica” e que está, aos poucos, “descascando” esse legado negativo que veio, segundo ele, de descontroles da época das gestões petistas.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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