‘Nada justifica o aumento de sequer 1 centavo do fundão’, diz Randolfe Rodrigues

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2019 10h12 - Atualizado em 16/12/2019 10h17
Plínio Xavier/Câmara dos Deputados randolfe Para o senador, a proposta de aumento é inconstitucional - por isso não há como recorrer a instâncias maiores

Recentemente o relator do projeto que analisa o Orçamento para 2020, deputado federal Domingos Neto, propôs um aumento do fundo eleitoral para R$ 3,8 bilhões – com possibilidade de ser recuado para R$ 2 bilhões.

Entretanto, a Rede vai apresentar um destaque na tentativa de barrar o fundão eleitoral na votação, que acontece na próxima terça-feira (17).

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o senador Randolfe Rodrigues explicou que “nada justifica a ampliação de nem sequer 1 centavo no fundo eleitoral”.

“Esse aumento favorece a utilização indevida de recursos públicos de áreas vitais que tiveram cortas ao longo do ano, como Saúde e Educação. Ele só interessa aos grandes partidos políticos e oligarquias partidárias. Essa iniciativa retira um dinheiro que é fundamental para a cidadania brasileira.”

Randolfe Rodrigues afirmou esperar que o presidente Jair Bolsonaro vete a provável aprovação.

“Os partidos que são contrários ao aumento e estão se mobilizando não constituem maioria. Então, caso seja aprovado, pediremos através de destaque que os valores da última eleição sejam congelados, já que não há tempo hábil para pensar em outra proposta.”

Para o senador, a proposta de aumento é inconstitucional – por isso não há como recorrer a instâncias maiores. “Podemos pensar em ações populares, mas não vejo como resolver isso do ponto de vista judicial se não através dos próprios parlamentares”, explicou.

Ele ainda pediu ajuda da população para pressionar os deputados e senadores. “Isso só vai mudar conforme a pressão da sociedade. A gente consegue mudar as regras conforme tivermos participação e pressão. Só assim acredito nas mudanças.”

O senador Randolfe Rodrigues ainda defendeu o financiamento individual de campanha como substituto do financiamento público ou privado nas eleições. De acordo com ele, esse é um “mecanismo que devíamos incentivar na nossa legislação”.

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