‘Não tínhamos como prever uma mutação diferenciada’, avalia governador do Amazonas
Para Wilson Lima, não faltou planejamento por parte do Estado e todas as medidas tomadas foram baseadas em avaliações técnicas
O governador do Amazonas, Wilson Lima, classificou a pandemia da Covid-19 como a maior crise sanitária de todos os tempos. De acordo com ele, não faltou planejamento por parte do Estado e todas as medidas tomadas foram baseadas em avaliações técnicas. “A gente fez o dever de casa, triplicamos a rede hospitalar. O que aconteceu agora foi extraordinário. Não tínhamos condições de prever uma mutação diferenciada. Temos mais do que o dobro de internações que o pico da pandemia. Por mais pessimistas que pudéssemos ser, não imaginaríamos uma situação tão agravada como agora”, completou.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Wilson Lima afirmou que o Estado recebeu, nesta madrugada, muitas doações e carregamentos de cilindros de oxigênio — a principal demanda hoje. “Continuamos com dificuldade, mas hoje deve ser melhor que ontem. Recebemos muitas demandas, até da rede privada, e devemos demorar uns dois dias para regularizar”, disse. Segundo ele, o maior problema hoje é a logística: não tem aeronave que comporte uma quantidade tão significativa, então a maioria dos insumos chegam por balsa e containers — o que leva de cinco a seis dias para chegar. O Amazonas aprendeu com os episódios que aconteceram no pico da pandemia e, para Wilson Lima, por isso foi possível estruturar a rede.
“Na posição que eu estou de governador, a gente tem que tomar decisões difíceis todos os dias. Nem sempre vamos agradar a todos. O governo do Estado tem feito o que é necessário fazer.” Apesar de alguns pacientes em “estado moderado” estarem sendo transferidos para Teresina, no Piauí, o governador destacou que tem encontrado muita resistência dos que não querem embarcar. Goiás, Maranhão e Brasília são alguns dos outros estados que também se colocaram à disposição. Wilson Lima afirmou que o Estado do Amazonas deve receber 1,111 milhão de doses da vacina — mas não sabem quantos serão disponibilizados no primeiro lote. “Assim que chegar, vai ser distirbuida. Estamos preparados e temos estoque de seringas agulhadas.”
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