‘Não vejo um cenário de falta de EPI nesse momento’, diz diretor da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde

José Marcio Cerqueira Gomes acredita que, por conta dos novos players que surgiram no mercado e da estabilização das importações, não é provável que faltem Equipamentos de Proteção Individual no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2021 15h24 - Atualizado em 06/04/2021 13h10
PAULO MUMIA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Profissionais da saúde cuidam de paciente internado com a Covid-19 De acordo com o diretor executivo, a cadeia global de produção acaba tornando todos os países dependentes um do outro em algum nível

O diretor executivo da Aliança Brasileira da Industria Inovadora em Saúde (ABIIS), José Marcio Cerqueira Gomes, não vê como negativa a queda de 1,5% na produção nacional e nas importações somada ao total das importações do período, descontadas as exportações – de produtos para a saúde no Brasil, em 2020. “Na verdade, esse resultado, segundo o nosso entendimento, ele não é ruim, porque em um ano com tantos problemas como tivemos, diminuir apenas 1,5% de um mercado tão grande, um mercado de 12 bilhões de dólares, não foi o pior resultado”, disse Gomes, que lembra que a queda na indústria geral foi de 4%. Em relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), o diretor aponta que, em um primeiro momento, houve um aumento enorme de exportações.

Quando a crise de agravou no Brasil, o país precisou importar, mas enfrentou um cenário global bastante difícil. “Houve essa desorganização inicial muito por desconhecimento e falta de preparo global, não foi uma coisa específica do Brasil”, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã. “Está sob controle a quantidade de EPI. Novos players surgiram no mercado, a importação ficou um pouco estabilizada, a própria produção nacional. Eu não vejo um cenário de falta de EPI nesse momento”, analisou Gomes. De acordo com o diretor executivo, a cadeia global de produção acaba tornando todos os países dependentes um do outro em algum nível. “Nós temos dois grandes parceiros. Um é a China e o outro é os Estados Unidos. A China é o país que a gente mais compra, o principal fornecedor do Brasil e os EUAs é para o qual a gente mais vende”, apontou.

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