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Novas políticas anti-imigratórias podem agravar crise de refugiados na Europa

Refugiados chegam à costa de Lesbos

A crise dos refugiados que foi controlada a duras penas pela Europa pode estar próxima de se repetir a partir das próximas semanas. O alerta foi dado nas Nações Unidas diante do impasse político iniciado pelo governo da Itália e sua coalizão entre extrema-direita e populistas.

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Políticas anti-imigratórias implementadas recentemente por Roma têm restringido a circulação de barcos operados por ONGs no Mediterrâneo. Essas embarcações atuavam no resgate de refugiados que deixam a Líbia em condições precárias e correm sério risco de morrerem afogados.

Com a chegada do verão e o agravamento dos conflitos em território líbio, o número de pessoas se arriscando na travessia já aumentou. Itália e Malta têm sido os principais destinos europeus dos que tentam entrar no continente de forma irregular.

A agência para refugiados da ONU alerta que se os governos ocidentais não agirem rápido haverá um mar de sangue no Mediterrâneo em breve. Sem o apoio das embarcações das ONGs, mais mortes devem ser registradas nesta temporada.

O impasse ocorre porque para o governo italiano essas embarcações acabam estimulando mais gente a se arriscar na perigosa travessia. Por isso as proibições foram implementadas e acabaram reduzindo drasticamente o número de barcos deste tipo na região.

As estatísticas, no entanto, indicam o contrário com crescimento de travessias diárias neste ano mesmo após as novas regras. É um dilema moral que a Europa vive há vários anos. Com o crescimento da extrema-direita no continente acabou se consolidando uma abordagem mais nacionalista que humanitária para a questão.

*Com informações do repórter Ulisses Neto

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