Novo diretor da PF, Paulo Maiurino já teve passagens por governos de PT e PSDB

Congresso reagiu e alertou para risco de interferência política no comando da corporação

  • Por Jovem Pan
  • 07/04/2021 06h55
Reprodução/Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo Homem de terno posa para foto No executivo federal, na gestão petista, foi chefe da Interpol no Brasil e assessor de Relações Internacionais da Polícia Federal

A Polícia Federal brasileira tem um novo diretor-geral. Trata-se de Paulo Maiurino, anunciado na terça-feira, 6, pelo recém-empossado ministro da Justiça, Anderson Torres. É a quarta substituição durante a gestão de Jair Bolsonaro. Em uma rede social, o novo ministro agradeceu Rolando Souza, ex-diretor-geral da PF. E, em outra postagem, também agradeceu e anunciou a troca do chefe da Polícia Rodoviária Federal: Silvinei Vasques, superintendente do órgão no Rio de Janeiro, assume o posto de Eduardo Aggio.

Maiurino é assessor especial de Segurança Institucional do Conselho da Justiça Federal. Até setembro de 2020, foi secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal. Além disso, já ocupou cargos em governos do PSDB e do PT. Na gestão tucana paulista, foi subsecretário de Segurança Pública e secretário de Esportes. No executivo federal, na gestão petista, foi chefe da Interpol no Brasil e assessor de Relações Internacionais da Polícia Federal.

Também chefiou os departamentos de Logística e Planejamento do órgão, além de uma delegacia em Chuí, no Rio Grande do Sul. A escolha já rendeu reações. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) propõe lei para que o Senado aprove indicados ao comando da Polícia Federal. Para o político, há risco de interferência política no comando da corporação. “O Congresso Nacional precisa dar uma resposta. A Polícia Federal tem que ser uma instituição independente, como ocorre em outros países. Para isso apresentamos um projeto de lei que determina que a substituição da PF passe por um aval do Senado. Com isso, na instituição da Polícia terá maior autonomia.”

Ainda no discurso de posse, o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que “a força da segurança pública tem que se fazer presente garantindo a todos um ir e vir sereno e pacífico”. A fala ocorre no momento em que o governo federal e governos estaduais vivem um embate sobre medidas restritivas para tentar frear o avanço do coronavírus no Brasil.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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