O que podemos esperar do novo mandato de Trump? Especialista em relações internacionais analisa
Em entrevista à Jovem Pan, Henrique Krigner apontou que as prioridades do republicano são o combate à imigração ilegal e a redução de impostos para fomentar a geração de empregos
Em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira (6), o comentarista especialista em relações internacionais, Henrique Krigner, compartilhou sua análise sobre o resultado eleitoral nos Estados Unidos, que confirmou a vitória de Donald Trump. Segundo Krigner, o novo mandato de Trump, agora com uma Suprema Corte e um Congresso favoráveis, oferece ao presidente uma maior liberdade de atuação, tanto no cenário interno quanto no internacional. Ele destacou que, ao contrário do primeiro mandato, que foi marcado por desafios como a pandemia, Trump agora tem condições de implementar suas políticas com mais eficácia. Entre as prioridades do presidente estão o combate à imigração ilegal e a redução de impostos para fomentar a geração de empregos, medida que já se mostrou bem-sucedida anteriormente.
De acordo com o internacionalista, o sistema distrital dos Estados Unidos faz com que os representantes sejam mais próximos dos eleitores, o que pode limitar o apoio incondicional ao presidente. No entanto, Krigner vê a reeleição de Trump como um “golaço” para os Estados Unidos e a comunidade internacional, que pode se beneficiar de um governo mais propositivo e menos revanchista. Ele também comentou sobre a relação entre o republicano e o Brasil, destacando que o pragmatismo deve prevalecer, mas alertou para os riscos caso ocorra uma oposição ideológica por parte do governo brasileiro.
O especialista enfatizou que, durante o primeiro mandato de Trump, não houve oposição ideológica significativa a países do bloco ocidental, incluindo o Brasil. No entanto, ele ressaltou que uma postura contrária do governo brasileiro poderia ter consequências econômicas e políticas negativas. Krigner destacou que a política externa brasileira tem enfrentado desafios, como o posicionamento em relação à Venezuela, Israel e o conflito entre Ucrânia e Rússia.
Publicado por Luisa Cardoso
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