Ocupações embaixo de viadutos são perigosas e lazer pode ser a solução, diz secretário
O secretário em exercício de Infraestrutura Urbana e Obras da Prefeitura de São Paulo, Mario Mondolfo, afirmou que ocupações de pessoas embaixo de viadutos, como as cerca de 60 que moravam na estrutura do Alcântara Machado, que pegou fogo na quinta-feira (11), são extremamente perigosas. Em entrevista ao Jornal da Manhã neste sábado (14), ele apontou que a implantação de áreas de lazer pode ser uma boa solução para o problema.
“Na minha opinião pessoal, ainda não existe uma posição clara da Prefeitura sobre essa questão, moradias ou construções embaixo de viadutos são totalmente não recomendáveis. O que poe se fazer, até para usar esses espaços, é uma quadra, uma pista de skate. Trazer lazer para a população impedindo a ocupação, que é perigosa”, explicou.
Segundo ele, o maior problema de ocupações nesses lugares são os materiais altamente inflamáveis usados nas moradias, como botijões de gás. Além do risco de explosão, causando danos às pessoas, o incêndio em viadutos pode, também, comprometer altamente a estrutura do asfaltado se as temperaturas “atingirem mais de 700ºC.”
Apesar disso, Mondolfo disse que, no caso do Alcântara Machado, a situação não foi tão grave e não há danos significativos. Por enquanto, apenas o trânsito de veículos pesados, como caminhos e ônibus, estão proibidos na via. “Estamos fazendo ensaios, recolhemos concreto e aço pra estudo e simulações, mas devemos ter uma novidade [sobre a situação da pista] já na semana que vem”, disse.
O secretário pontuou, ainda, que o viaduto não estava entre os 18 encontrados em situação crítica no começo do ano pela Prefeitura. “Nós fizemos inspeções em 185 obras e encontramos 18 delas críticas. Dessas, a gente teve autorização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para fazer inspeções emergenciais, que já fora terminadas, mas essa obra não estava entre elas. Ela está programada para ser inspecionada em breve, em um edital que já se encontra com o TCE”, finalizou.
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