Oito em cada 10 brasileiros tiveram finanças impactadas pela pandemia
Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e SPC Brasil mostra que 80% dos entrevistados fizeram cortes no orçamento em 2020
A pandemia da Covid-19 impactou as finanças de oito em cada dez brasileiros, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo SPC Brasil. De acordo com a pesquisa, para 62% a situação econômica do país foi pior em 2020 do que em 2019, com uma diferença de 31 pontos percentuais. No mesmo sentido, o panorama financeiro pessoal piorou para 45% dos entrevistados. Os motivos mais citados são o fato do salário não ter aumentado na mesma proporção dos preços de produtos e serviços, seguido pela redução da renda familiar e do desemprego do pesquisado ou de alguém da família.
Ao todo, 97% dos entrevistados que tiveram problemas nas finanças pessoais atribuem influência direta do coronavírus. Além disso, oito em cada dez cidadãos fizeram cortes no orçamento no ano passado, principalmente para redirecionar o valor ao pagamento de contas básicas. Os consumidores efetuaram cortes principalmente na compra de itens de calçado e vestuário, refeições delivery e fora de casa, e idas a bares e casas noturnas. O quadro de desemprego agravou a crise econômica do país.
Mesmo com o ano difícil vivenciado pelo brasileiro em 2020, os sentimentos em relação a 2021 são positivos para a maioria. Dessa forma, 59% esperam que este ano seja melhor do que o anterior, especialmente porque acreditam que a vacina da Covid-19 vai ajudar na recuperação da economia. As expectativas para a vida financeira pessoal também são otimistas: 64% acreditam na melhoria. Para que isto aconteça, 62% esperam conseguir manter os pagamentos das contas em dia, 54% pretendem economizar dinheiro e 46% realizar algum sonho de consumo. Comprar ou reformar a casa, sair do vermelho e viajar estão entre os projetos mais preferidos.
Apesar do otimismo ainda há muitas pessoas que não se sentem dessa maneira. Com relação ao cenário econômico, 17% acreditam que ele vai permanecer igual em 2021, e 12% tem a percepção que pode piorar. Um dado relevante é que 90% possuem algum temor relacionado à vida financeira para os próximos 12 meses, principalmente sobre não ser capaz de pagar as contas, não conseguir guardar dinheiro e não arrumar um emprego.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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