Operação Acolhida:  Secretário dos EUA visitará centro de atendimento a refugiados em Roraima, explica governador

Acompanhado do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, Pompeo vai conhecer a base de apoio administrada pelo Exército Brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 16/09/2020 09h58 - Atualizado em 16/09/2020 10h00
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Agência EFE Segundo Antonio Denarium, a aproximação política existente entre Brasil e Estados Unidos teria impulsionado a visita

Em visita ao Brasil, Mike Pompeo, secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), vai conhecer o centro de acolhimento a refugiados venezuelanos em Boa Vista, capital de Roraima, na sexta-feira, 18. Acompanhado do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, Pompeo visitará a base da Operação Acolhida, administrada pelo Exército Brasileiro para receber os imigrantes. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 15, o governador do Estado, Antonio Denarium, deu detalhes sobre a ação. “Pela aproximação política que existe entre o Brasil e os Estados Unidos, Mike Pompeo estará visitando a operação, que conta com de seis a sete mil refugiados abrigados. Roraima é a única porta de entrada dos venezuelanos para o Brasil. Chegando eles precisam fazer a documentação e, com isso, muitos acabam continuando em Boa Vista. Então, é feito também o trabalho de interiorização dos venezuelanos, porque Roraima não comporta e não consegue atender todos”, afirma. Antonio diz que o Estado está fazendo “todo o trabalho em parceria com o Exército” para que ações de saúde sejam implementadas e garantam o melhor atendimento aos refugiados que, nas palavras dele, “passam por uma crise humanitária sem precedentes”.

Antonio Denarium relembra ainda que, no início da pandemia, solicitou ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros Sergio Moro, então chefe do ministério da Justiça, e Ernesto Araújo que a fronteira com a Venezuela fosse fechada, o que se mantém até o momento. Segundo o governador, a expectativa é que, mesmo após o período da crise de saúde, a fronteira continue fechada para “evitar que Roraima entre no caos da Venezuela”. “Os venezuelanos vêm para o Brasil devido a crise econômica e o regime ditador de Maduro, que tem feito a política de desemprego. Então, eles estão procurando o Brasil para terem novas oportunidades”, reforça. De acordo com o governador, antes do fechamento da fronteira, o estado recebia cerca de 700 venezuelanos por dia, chegando a receber 1.200 imigrantes em dias de pico, e abrigando 100 mil refugiados, no momento. Ao todo, 264 mil refugiados vivem no Brasil, mostra dados da agência Acnur, braço da ONU para refugiados. Segundo a agência, no entanto, metade desse contingente deixou a Venezuela e apenas 43 mil possuem situação reconhecida pelo governo.

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