‘Operação contra Bivar reforça preocupações com PSL’, diz líder do governo na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2019 09h41 - Atualizado em 15/10/2019 10h39
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Para Vitor Hugo, no entanto, o ideal é que todos permanecessem na sigla após investigações

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, disse que a operação deflagrada, nesta terça-feira (15), contra o presidente do PSL, Luciano Bivar, reforça as preocupações que parte da legenda tem com o próprio partido. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele, que se posicionou ao lado do presidente Jair Bolsonaro na crise da sigla, ponderou, no entanto, que o melhor seria que “todos ficassem no PSL”.

“Essa operação de hoje reforça as preocupações que temos, mas esperamos, pro bem do próprio partido e das pessoas que confiaram nele, que tenha o melhor desfecho possível. A Polícia Federal tem tido uma atuação exemplar em diversas operações, tem sua independência para tocá-las e vai fazer isso. Para o partido, essa é sempre uma situação constrangedora, mas da mesma forma é algo que a gente espera que aconteça sempre que haja suspeita de qualquer ato contrario a lei. Esperamos que seja solucionado e que os responsáveis, se houver algum, sejam punidos, mesmo que sejam do PSL“, disse.

Questionado sobre sua preferência dentro da racha do partido – migrar para outra legenda ou permanecer nela -, Vitor Hugo afirmou que o melhor seria que os parlamentares chegassem a um acordo. “Ainda não foi definida qual vai ser a linha de ação, nesse momento pedimos informações para fazer a auditoria, liderados pelo presidente da República, as possibilidades estão sobre a mesa. Nós vamos tomar as nossas decisões a partir dos desdobramentos, é cedo para saber se terá migração ou não.”

“A melhor hipótese seria uma auditoria completa nas contas, que possíveis irregularidades fossem sanadas, que os responsáveis fossem sancionados e, aí, o ideal é continuar no PSL, que já é uma marca que foi ressuscitada na última eleição. Se Bolsonaro não tivesse concorrido pelo PSL, o partido provavelmente não teria alcançado essa visibilidade, poderia ter sido extinto, mas não. Houve uma explosão, mais de 50 deputados eleitos, então a preferência é que chegássemos a um entendimento e que o PSL permanecesse unido e fosse assim para as próximas eleições”, finalizou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.