Presidente do PSL, Luciano Bivar é alvo da PF em investigação por candidaturas laranjas

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2019 07h37 - Atualizado em 15/10/2019 11h08
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Valter Campanato/Agência Brasil Luciano Bivar Luciano Bivar, presidente do União Brasil, anunciou o futuro do partido para as eleições que acontecerão em outubro

O presidente do PSL e deputado federal Luciano Bivar (PE) é alvo, nesta terça-feira (15), de uma operação de Polícia Federal (PF). Agentes de segurança cumprem, nesta manhã, mandados de busca e apreensão em um endereço ligado a ele, na investigação sobre o suposto uso de candidaturas laranjas pelo partido na eleição de 2018.

A Operação Guinhol acontece a pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE) e tem nove mandados autorizados pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Um deles ocorre na casa do parlamentar em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.

Segundo a PF, o objetivo é buscar provas que possam ajudar na investigação de supostos crimes eleitorais praticados por integrantes do PSL. A suspeita é que os investigados teriam “ocultado/disfarçado/omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram fartamente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional”.

Bivar ainda não se manifestou sobre a ação policial. Seu advogado, Ademar Rigueira, divulgou nota em que afirma que a operação está “fora de contexto”. Na nota, Rigueira acrescenta que o inquérito que investiga as suspeitas de uso indevido dos recursos do fundo Ppartidário já se estende há dez meses, sem que, segundo ele, as autoridades tenham encontrado indícios de fraude no processo eleitoral.

“A busca [e apreensão de documentos] é uma inversão da lógica da investigação, vista com muita estranheza pelo escritório [de defesa], principalmente por se vivenciar um momento de turbulência política”, diz ainda Rigueira, na nota.

O nome da Operação Guinhol faz referência a um marionete, personagem do teatro de fantoches criado no século 19, diante da possibilidade de candidatas terem sido utilizadas exclusivamente para movimentar transações financeiras escusas.

Procurado, o TRE-PE não se manifestou por se tratar de inquérito que corre em segredo de justiça.

*Com informações da Agência Brasil

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