Oposição contesta reuniões de grupo criado para reavaliar política armamentista

Para grupo de parlamentares, ideia de retirar o porte de armas para policiais pode colocar a vida dos agentes de segurança em risco; secretário nacional de Segurança Pública afirma que é preciso corrigir retrocessos

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2023 08h23 - Atualizado em 11/02/2023 17h00
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Marcus Iahn/MJSP Tadeu Alencar Secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar coordena reunião que visa reavaliar a política de controle de armas no Brasil

O grupo criado pelo Ministério da Justiça para reavaliar a política de controle de armas no Brasil realizou sua primeira reunião, mas no Congresso, parlamentares contestam as mudanças e alertam para o risco à segurança de policiais. No encontro, o colegiado recebeu os primeiros relatórios dos representantes de instituições como o Ministério da Defesa, Justiça e a Polícia Federal, além do Conselho Nacional de Justiça. Os trabalhos são coordenados pelo secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar. Segundo o político, com a flexibilização armamentista, muitas armas de fogo foram desviadas para as mãos do crime organizado. “Esses retrocessos se deram ao arrepio da legislação em vigor e que precisam ser corrigidos, sem preconceitos, mas sabendo que nosso desafio é fazer sugestões que permitam ao Ministério da Justiça e ao governo do presidente Lula orientar novos caminhos que possam impactar positivamente a segurança pública no Brasil”, disse.

Entre outros pontos, o grupo irá analisar o decreto presidencial de Lula, realizado em 1º de janeiro, que restringe o acesso às armas e munições, além de suspender o registro de novos armamentos e o registro de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CAC’s). No Congresso, a oposição se movimenta para tentar rever as medidas. Em encontro com representantes da indústria da defesa, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirmou que as novas determinações do governo federal ameaçam empregos no setor. “Não vamos mudar de lado, vamos martelar seja criando comissões especiais, seja correndo atrás de assinaturas para PEC’s (Proposta de Emendas à Constituição) e formar um grupo de parlamentares coeso para que possamos ter um diálogo com o presidente da Casa a fim de frear nesse ímpeto genocida do desarmamento”, afirmou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore 

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