Ouvidoria da Polícia de São Paulo pede à PF que investigue tiroteio em Juiz de Fora

  • Por Jovem Pan
  • 24/10/2018 06h57 - Atualizado em 24/10/2018 09h22
Arquivo/Agência Brasil pf A ocorrência aconteceu durante uma negociação envolvendo cerca de R$ 15 milhões

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo pediu à Polícia Federal para investigar o confronto entre agentes paulistas e mineiros, na semana passada em Juiz de Fora.

A ocorrência aconteceu durante uma negociação envolvendo cerca de R$ 15 milhões. O caso acabou em tiroteio com um policial mineiro morto e dois empresários feridos.

De acordo com o ouvidor das Polícias de São Paulo, Benedito Mariano, a complexidade da ocorrência levou o pedido de acompanhamento da Polícia Federal. Para o ouvidor, a contribuição da PF é importante para que apuração dessa ocorrência seja feita da forma mais rápida possível.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, recebeu com estranheza a iniciativa do ouvidor. O secretário ressaltou que a Polícia Civil mineira é a responsável pela investigação dos fatos criminais da ocorrência.

Segundo as apurações, os policiais paulistas estariam em Juiz de Fora para realizar uma “escolta vip”. Cada agente receberia R$ 1,5 mil pelo serviço.

Segundo a Justiça mineira, existem indícios de que os policiais tinham conhecimento da ilegalidade da transação. Na sexta-feira (19), o empresário Flávio de Souza Guimarães foi à Juiz de Fora trocar dólares por reais, com o empresário Antônio Vilela, que também estava escoltado por policiais mineiros.

O tiroteio teria começado após ser detectado que parte do dinheiro era falsa. Apontado como doleiro e responsável pelas notas falsas, Antônio Vilela, teve a prisão confirmada pelo crime de estelionato.

Outro empresário que teria participado da operação, Jerônimo da Silva Leal Júnior, teve a prisão por homicídio confirmada, mas ele segue internado em estado grave na UTI do Hospital Monte Sinai.

Dos nove policiais paulistas envolvidos na transação, quatro foram presos em Minas Gerais, por lavagem de dinheiro. Na segunda-feira (22), em depoimento, o empresário Flávio de Souza Guimarães negou a posse dos dólares e disse que foi para Juiz de Fora negociar empréstimos para a empresa dele e que não presenciou o tiroteio.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.