Países desistem de encontro e farão videoconferência sobre a Amazônia

Marcos Corrêa/PR O presidente Bolsonaro não poderia comparecer pessoalmente, uma vez que precisará se preparar para mais uma cirurgia

A reunião dos países amazônicos, que aconteceria na próxima sexta-feira (6) em Letícia, na Colômbia, se transformou em uma videoconferência. Depois de saber que precisará passar por uma quarta cirurgia no próximo domingo (8) e iniciar uma dieta líquida já na sexta, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia informado aos demais presidentes que não poderia comparecer pessoalmente ao encontro.

Para evitar o adiamento da discussão, a avaliação é de que a videoconferência vai servir para esse primeiro contato entre as nações que possuem floresta amazônica, que está sendo classificado como de fundamental importância. Mais uma vez, Bolsonaro voltou a defender a importância da região e disse que não aceita discussão em torno da soberania nacional.

“O presidente, lá, do outro lado do Atlântico [Emmanuel Macron, da França], resolveu falar uma coisa que tocou em todos nós, falar em soberania relativa. Mexeu conosco. Conosco, brasileiros, com os demais países da região amazônica e nós queremos, sim, tirar uma posição disso”, afirmou.

A reunião havia sido marcada durante uma visita do presidente do Chile, Sebastián Piñera, ao Brasil. Na época, a decisão de fazer o encontro para discutir ma “política única” sobre a preservação do meio ambiente e regras para exploração na região confirmou a participação de todos os países, exceto da Venezuela.

O presidente fez elogios à atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que afirmou, nesta semana, que o problema do desmatamento na Amazônia tem ligação com o crime organizado e quadrilhas internacionais, o que possibilita a exportação de madeira ilegal.

“Quando eu falei isso vocês bateram em mim à vontade. Lá atrás, eu sabia que tinha algo de criminoso em cima disso. Eu não tenho como comprovar, eu espero que ela tenha como comprovar agora, é uma declaração de peso ao lado da Justiça”, comemorou.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin