Papa Francisco completa 12 anos à frente da Igreja Católica

No aniversário do seu pontificado, Vaticano divulgou que nenhuma comemoração foi planejada, já que Francisco está internado há um mês por conta de um quadro de pneumonia bilateral

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2025 11h25
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Vincenzo Pinto / AFP Papa Francisco Desde o início de seu papado, o argentino tem implementado medidas inovadoras

O Papa Francisco, atualmente internado em Roma, continua a receber terapias de apoio à respiração, mas sua condição permanece estável. Na última quinta-feira (13), ele celebrou 12 anos de pontificado, com direito a bolo especial levado pela equipe médica. Desde o início de seu papado, o argentino tem implementado medidas inovadoras que, por vezes, desagradam a ala conservadora da Igreja. Um dos maiores desafios enfrentados por Francisco foi a série de escândalos de abusos sexuais contra menores que emergiram em diversos países, incluindo Irlanda, Alemanha, Estados Unidos e Chile.

Após uma polêmica viagem à América Latina em 2018, que culminou em renúncias e expulsões, o Papa pediu desculpas por ter defendido erroneamente um bispo. Em 2019, ele tomou uma decisão firme ao excluir o cardeal americano Theodore McCarrick, culpado por abuso sexual de menores, reforçando sua política de Tolerância Zero.

O pontífice também organizou uma cúpula sem precedentes sobre a proteção de menores no Vaticano, que resultou em medidas concretas, como a eliminação do segredo pontifício sobre crimes e a obrigatoriedade de denúncia por religiosos e leigos.

Em suas 47 viagens ao exterior, Francisco deu prioridade a regiões marginalizadas, como o leste europeu, América Latina e África. Ele é um defensor fervoroso do multilateralismo e critica abertamente a guerra e o comércio de armas. Além disso, promove o diálogo inter-religioso, especialmente com o Islã, como evidenciado em sua visita ao Iraque em 2021. Em 2018, o Papa conseguiu um acordo histórico com a China sobre a nomeação de bispos, embora a Igreja não tenha conseguido se impor na invasão da Ucrânia.

No que diz respeito à inclusão, Francisco adotou uma postura acolhedora em relação aos fiéis LGBTQIA+, autorizando a bênção de casais do mesmo sexo em 2023, uma decisão que gerou rejeição em setores conservadores. O Papa também tem sido um defensor dos migrantes, pedindo que sejam acolhidos sem distinção e criticando as deportações nos Estados Unidos.

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Ele busca implementar uma reforma profunda da Cúria Romana, com o objetivo de fortalecer o processo de escuta das igrejas locais e dar mais espaço aos leigos e mulheres. Algumas dessas reformas foram alvo de críticas internas, especialmente a restrição do uso da missa em latim, que irritou os tradicionalistas.

*Com informações de Thiago Uberreich

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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