Para pressionar governo pela reforma ministerial, Lira adia votação do arcabouço fiscal

Relator da nova regra fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP), já anunciou que o relatório está pronto para ir ao plenário da Câmara dos Deputados

  • Por Jovem Pan
  • 02/08/2023 09h23 - Atualizado em 02/08/2023 09h51
Bruno Spada/Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), durante sessão na Câmara dos Deputados

Após reunião com líderes de bancadas nesta terça-feira, 1º, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), deve adiar, por tempo indeterminado, a votação do projeto do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados. A decisão frustra os planos da articulação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de acelerar a aprovação das pautas econômicas. O relator da nova regra fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP), já anunciou que o relatório está pronto para votação caso haja consenso entre os partidos. No entanto, legendas defendem o adiamento da votação para pressionar o governo a avançar na reforma ministerial. Os partidos do Centrão estariam segurando a aprovação para negociar cargos no governo. A aprovação do arcabouço é fundamental para o Palácio do Planalto para possibilitar o avanço da elaboração e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem.

Vale ressaltar que o arcabouço fiscal já foi aprovado pela Câmara, mas houve alterações no Senado Federal e, por isso, o texto retornou para análise dos deputados. Os senadores aprovaram a retirada do Fundo Constitucional do Distrito Federal do limite de gastos, como também do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e de gastos com ciência, tecnologia e inovação. Tais alterações não agradam deputados aliados de Lira, que podem modificar novamente a proposta.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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