Parlamentares não fecham acordo e votação de projeto que altera Orçamento é adiada

Proposta é fruto de um acordo com o governo, mas encontra resistência por ser vista por alguns setores como uma maneira de burlar o teto de gastos

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2021 06h51 - Atualizado em 05/05/2021 10h54
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Cleia Viana/Câmara dos Deputados Texto que abre espaço no Orçamento para auxílio emergencial será promulgado nesta segunda-feira A ideia, agora, é que os lideres partidários se reúnam na quinta-feira, 6, para discutir o tema novamente

Deputados e senadores decidiram adiar a análise do projeto que recompõe os R$ 19,8 bilhões vetados pelo presidente Jair Bolsonaro no orçamento federal deste ano. A proposta é fruto de um acordo com o governo, mas encontra resistência por ser vista por alguns setores como uma maneira de burlar o teto de gastos. Isso porque, inicialmente, os parlamentares aprovaram um orçamento prevendo que o governo poderia gastar mais do que planeja receber. O presidente Jair Bolsonaro, então, foi aconselhado a vetar parte da proposta para não correr o risco de cometer crime de responsabilidade.

Ao mesmo tempo, o Palácio do Planalto autorizou os lideres do governo no Congresso a negociarem a aprovação deste projeto em questão — que, na pratica, recompõe os valores vetados por Bolsonaro e acaba liberando à União para gastar mais do que vai receber. Grande parte desses extras, inclusive, serão destinados aos próprios deputados e senadores por meio das emendas parlamentares. A ideia, agora, é que os lideres partidários se reúnam na quinta-feira, 6, para discutir o tema novamente. O que se sabe, porem, é que apesar de ter cortado as chamadas despesas discricionárias, o governo concordou em manter o valor adotado pelo Congresso para as emendas. Isso quer dizer que, na pratica, a União se comprometeu em transferir R$ 18,5 bilhões para deputados e senadores enviarem aos estados e municípios apenas em 2021.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado 

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