Parlamentares participam de ato pró-segunda instância em SP e pedem pressão popular
Manifestantes saíram às ruas, neste domingo (8), para pedir pela aprovação, no Congresso Nacional, de leis que autorizem a possibilidade de prisão em segunda instância. Em São Paulo, o protesto aconteceu na Avenida Paulista.
O senador Major Olímpio (PSL-SP) participou do ato e garantiu que, mesmo após a saída de Jair Bolsonaro do PSL, o partido mantém apoio aos projetos do presidente. “Lamentei demais a partida dele do partido, ele foi insuflado pelos filhos e advogados e, para mim, na minha visão, como amigo dele, ele cometeu um equivoco. Ele deixou um partido 100% dele para ir para uma aventura que vai ser um Titanic político. Ele vai afundar na primeira viagem”, disse.
Apesar de não repetir o grande público de manifestações anteriores, os organizadores ressaltam que houve uma boa presença. Para eles, o importante é fazer pressão nos senadores e deputados por todas as vias – seja nas redes sociais, telefones ou pessoalmente.
O deputado Kim Kataguiri, que também estava na Avenida Paulista, cobra essa participação popular. “Havendo vontade política de aprovar a segunda instancia nesse ano, tem como legalmente aprovar urgência, levar ao plenário e ser aprovado. Minha maior preocupação é manter esse calor, essa pressão popular, porque eu vi, na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] coisa que eu nunca tinha visto antes. Deputado com ficha criminal nas costas votando pela admissibilidade da PEC da prisão em segunda instância, algo que não acontece em condições normais de temperatura e pressão”, ressaltou.
Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, lembrou, em seu discurso, que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de a dica ao Congresso. “Diante de pressão, mudou o voto e mudou o destino do Judiciário desse país. O que nós estamos assistindo hoje é a soltura de criminosos. São assassinos, são estupradores, são criminosos políticos. Lula é apenas mais um dentro dessa corja de assassinos que estão sendo soltos nesses dias”, falou.
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) ressaltou que o caminho da PEC pode ser longo, já que depende da vontade e das manobras dos parlamentares no Congresso. “É um compromisso de que você vai apresentar um relatório em 11 sessões, porque ele pode ser apresentado em até 40, imagine só, a gente está falando de várias e várias semanas, pode se estender por até seis meses, como aconteceu com a Previdência.”
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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