Parlamentares reagem e prometem oposição a reajuste salarial de ministros do STF

Caso aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da República, salários passam de R$ 33 mil para R$ 46 mil

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2022 10h03 - Atualizado em 11/08/2022 12h13
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Nelson Jr./SCO/STF Ministro Luiz Fux preside sessão plenária do STF Ministro Luiz Fux preside sessão plenária do STF

Parlamentares reagiram pelas redes sociais ao reajuste salarial que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram implementar nos próprios salários. O deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) afirmou que o aumento é uma falta de sensibilidade e desconexão com a realidade dos brasileiros, que sofrem com a fome e o desemprego. O deputado Marcel Van Hattem (PN-RS) chamou de irresponsabilidade e prometeu votar contra a medida na Câmara. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) declarou que, com o aumento, o fim dos supersalários ganha força no Senado. Já o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Neslon Alves, defendeu o reajuste. Segundo ele, a decisão do STF vem no sentido de promover o que a Constituição Federal determina, uma revisão geral anual e que, infelizmente, não é cumprida todos os anos como previsto.

Atualmente, os ministros do STF recebem R$ 33.293,32. Se o aumento for definitivamente aprovado, o salário deve chegar a R$ 46.366,00. O reajuste deve provocar um efeito em todo o país, inclusive no Legislativo e no Executivo. Isso porque a remuneração dos ministros do Supremo representa o teto salarial do funcionalismo público brasileiro. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara e também pelo Senado, além de ser sancionado pelo presidente da República. O último reajuste concedido aos ministros ocorreu há 4 anos. Já os servidores do poder judiciário tiveram uma recomposição salarial há 6 anos. Se o Congresso aprovar o texto, os pagamentos devem ser feitos em 4 parcelas a partir de abril de 2023. No relatório que embasou a decisão do STF, o presidente da Corte, o ministro Luiz Fux, atribuiu o reajuste à necessidade de recomposição salarial e disse que o aumento ocorre com base nas perdas inflacionárias de quase 40%, segundo o IPCA

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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