Em encontro com agentes da PRF, Ciro critica veto de Bolsonaro a reajuste salarial da categoria

Pedetista ressaltou que com o atual teto de gastos não é possível evoluir em diversas questões no Brasil: ‘Brasil inventou esse treco’

  • Por Jovem Pan
  • 11/08/2022 09h09 - Atualizado em 11/08/2022 12h13
Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo Ciro Gomes de mão levantada e sorrindo Ciro Gomes é candidato à Presidência da República pelo PDT

Já em clima de campanha eleitoral, Ciro Gomes (PDT) esteve em Brasília e conversou com representantes da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (PRF). No encontro, ele recebeu uma carta da categoria com propostas para a segurança pública. O mesmo documento também será entregue aos demais candidatos à Presidência da República. Ciro Gomes criticou o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao reajuste salarial aos funcionários da segurança, mas ressaltou que com o atual teto de gastos não é possível reajustar o salário de todos os servidores. “Com esse teto de gastos com status constitucional, eu disse com toda clareza para o presidente, não, nenhuma chance de resolver nada. O Brasil inventou esse ‘treco’, que não existe em país nenhum do mundo e nem na literatura internacional, que é congelar por 20 anos sob norma constitucional o atual gasto em qualquer coisa que não seja juros para bancos, esse que leva R$ 500 bilhões do orçamento do povo brasileiro, do tributo que o povo paga esperando ver saúde, educação e segurança de volta, isso tá indo para bolso de banqueiro e está fora do teto de gasto”, criticou Ciro.

Ainda em Brasília, o pedetista também participou de um debate sobre reforça tributária, no qual afirmou que um programa batizado de Renda Mínima Universal Eduardo Suplicy, previsto no seu plano de governo, devedistribuir em média R$ 1 mil por domicílio vulnerável no Brasil. Na última quarta, 10, o presidente Bolsonaro vetou o reajuste salarial para policiais e agentes de segurança pública que estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023. Na justificativa, o governo afirmou que o reajuste provocaria desequilíbrio entre os órgãos do executivo federal que são responsáveis pela gestão das carreiras e que também prejudicaria o desempenho do poder executivo na atuação integrada e harmônica entre as diversas áreas de atuação governamental e do Estado Brasileiro.

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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