Paulo Guedes afirma que o mercado subestima o crescimento do Brasil
Ministro da economia espera uma evolução do PIB entre 5% e 5,5% em 2021
O ministro da economia, Paulo Guedes, acredita que os especialistas do mercado estão subestimando o potencial de crescimento da economia brasileira em 2022 e indicou, em conversa por telefone com a Jovem Pan, que o país vai crescer mais de 1% no próximo ano, taxa acima do que o mercado vem projetando. Guedes espera um crescimento do PIB em 2021 entre 5% e 5,5% em relação ao ano passado. O ministro afirmou que, apesar da pandemia, o Brasil tem uma base fiscal forte e projetos contratados que já somam investimentos para os próximos anos da ordem de R$ 700 bilhões. Na última semana, ele se reuniu com os CEOs das maiores empresas francesas baseadas no Brasil e disse que a mensagem dos executivos foi de otimismo em relação ao país.
No último boletim Focus, as projeções do mercado foram reduzidos de 1,2% para 1% em 2022. No entanto, o otimismo do ministro Paulo Guedes é baseado no resultado do leilão do 5G e também em outros investimentos previstos para os próximos anos que vem de diversos setores e atividade. Paulo Guedes se mostrou chateado com as críticas da revista inglesa The Economist, que apontou na sua última edição que economia brasileira vai mal e que o culpado pelos erros seria o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Na conversa por telefone com a Jovem Pan, Guedes ironizou os números da economia inglesa. “Quem deve estar indo bem é a Inglaterra”, disse o ministro. Paulo Guedes lembrou que, no ano passado, a economia brasileira caiu por cerca de 4% por conta da pandemia da Covid-19, enquanto que a britânica caiu quase 10%. Segundo ele, neste ano, os britânicos não devem crescer, enquanto o Brasil sim. O ministro ainda afirmou que a inflação é uma preocupação e que o Banco Central já está adotando as medidas necessárias para evitar a alta de preços. Em outubro, o IPCA subiu a 1,25%, maior taxa para meses de outubro desde 2002. Nos últimos 12 meses, o IPCA já está em 10,6%.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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