Pautas de costumes terão espaço com nova composição do Congresso, avalia Junio Amaral

Deputado federal realizou uma análise sobre os novos quadros eleitos para o Senado Federal e para a Câmara; parlamentar também reiterou a importância de uma reforma do sistema político

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2022 09h05 - Atualizado em 09/10/2022 08h29
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Najara Araujo/Câmara dos Deputados Junio Amaral Deputado federal Junio Amaral (PL-MG) na Câmara dos Deputados

O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) concedeu uma entrevista ao Jornal Jovem Pan e falou sobre a composição do Congresso Nacional, que guinou à direita com a eleição de indicados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Em relação ao segundo turno das eleições presidenciais, o congressista considerou que o apoio declarado do governador reeleito Romeu Zema (Novo) à Bolsonaro é “importantíssimo”, já que o mandatário desperta uma maioria incontestável. “Os prefeitos mineiros gostam muito do Zema porque ele rompeu com a barreira de um Estado caloteiro, que foi o governo Fernando Pimentel (PT)”, afirmou. O parlamentar ressaltou que haverá um alto número de abstenções do eleitorado de esquerda, já que as campanhas buscam eleitores em rincões e a máquina tende a enfraquecer no segundo turno. “Há diversos focos de atuação, a região metropolitana de Belo Horizonte e o Vale do Jequitinhonha, são alvos em potencial, porque a desinformação é muito maior, além do histórico de participação petista nessas cidades”, informou. Mesmo com um acompanhamento à distância, o parlamentar mostrou-se surpreso com o número de apoios que o atual presidente conquistou. Junio também opinou sobre as principais reformas que o Brasil precisará realizar e optou a prioritária como a política.

“Infelizmente, por se tratar de um interesse direto de quem está realizando essa mudança, não a temos em beneficio da população e sim aos agente políticos. Mesmo eu tendo essa compreensão de que a prioridade é a política, porque sem ela as outras já estão influenciadas por maus político que compõem o sistema e se reinventam para se manter no poder”, considerou. Ao ser questionado sobre uma usurpação de poderes que parte do Supremo Tribunal Federal, Amaral disse que fica constrangido ao dizer sua opinião que é inacreditável uma reação do Congresso. “É o mesmo Congresso que se curvou a uma decisão tirânica de Alexandre de Moraes quando prendeu Daniel Silveira e referendou a decisão. Tiveram outras dezenas que o Congresso poderia ter atuado. Uma fiscalização que deveríamos exercer, em especial dos senadores, responsáveis na Constituição, mas temos um Senado acovardado, até agora, com a presidência de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que se posiciona de maneira célere com o Supremo Tribunal Federal”, opinou. O deputado ainda ressaltou que o Congresso Nacional recém eleito será firme e terá uma facilidade maior em atuar nas pautas de costumes. “Pessoas mais de Centro colocam isso como miudeza, e não é. É o nosso futuro que está em jogo e precisamos mudar. A pauta do armamento, precisamos respeitar o que a população disse em 2003, no referendo sobre as armas. Na época o governo petista não cumpriu, não aceitou a vontade do povo naquela decisão. Então precisamos criar essa flexibilização, com outras pautas de costumes, junto com as reformas tributárias e administrativas”, finalizou.

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