Pesquisa aponta que 78% dos brasileiros têm vergonha de ficar com o nome sujo
Estudo da fintech Bulla também mostra que 35% das pessoas das classes C e D tentam controlar os gastos, mas o dinheiro que recebem não é suficiente para durar até o final do mês
Um estudo realizado pela fintech Bulla revela que 35% dos brasileiros tentam controlar os gastos, mas o dinheiro que recebem não é suficiente para durar até o final do mês. A pesquisa detalha a percepção das classes populares, C e D, e mostra que 78% das pessoas têm vergonha de ficar com o nome sujo e querem manter o bom relacionamento com os bancos. A pesquisa ouviu 600 pessoas que moram nas regiões metropolitanas das capitais Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza e Brasília. O CEO e co-fundador da fintech, Marcelo Villela, destaca que o crédito no país está escasso e caro. “O crédito está escasso. 80% das pessoas têm muita preocupação e responsabilidade com o seu nome. E, apesar de todo mundo falar que o brasileiro não tem educação financeira, essa turma tem a educação que precisa, que é a educação dos gastos. Essa turma faz uma gestão ferrenha dos gastos, para ver se conseguem fazer o dinheiro render até o final do mês. Esse é o fundamental. O povo tem que gerenciar um dinheiro que não dá até o final do mês”, explica.
Um dos desafios da área econômica do governo é ampliar o consumo das classe C e D, para que voltem a ocupar o espaço que tiveram no passado. A preocupação da maioria dos brasileiros é manter-se fora da negativação. Ainda de acordo com a pesquisa, 87% dizem que ser um bom pagador é importante para manter um relacionamento amigável com os bancos ou com quem se pega dinheiro emprestado. Apenas 13% dos entrevistados afirmaram que não vale a pena limpar o nome. “87% das pessoas tinha a intenção de pagar. 30% tinham medo de não ter como pagar. Existe um comprometimento na responsabilidade muito clara, principalmente nessa faixa da socieda. O que eles precisam é de renda e oportunidade de trabalho para ter condições de pagar. Os mal intencionados não são a maioria. O povo é bom, o povo é bem intencionado, ele tem vontade de pagar, ele está é com dificuldade. O dinheiro que se ganha, dada a alta inflação, não é o suficiente para cobrir as contas do mês”, afirma Villela.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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