Petrobras aumenta preço do querosene de aviação mais uma vez e preocupa empresas
De janeiro a julho, a alta acumulada do combustível já supera os 70%
A Petrobras aumentou o valor do querosene de aviação (QAV) em 3,9% neste mês. De janeiro a julho, a alta acumulada do combustível já chega a cerca de 70%, neste ritmo vai superar a grande alta de 2021, que foi mais de 90%. O QAV também faz parte da política de paridade de preços internacionais adotada pela petroleira, que leva em consideração duas variáveis para fazer a precificação dos produtos: valor do dólar frente ao real no mercado interno e cotação do valor do petróleo do tipo Brent no cenário internacional. O aumento acontece justamente após as iniciativas do Governo Federal e dos Estados em reduzir impostos para baratear o preço da gasolina e do etanol.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz, afirmou em entrevista à Jovem Pan News que a Petrobras é uma espécie de sócia das companhias aéreas, porque hoje mais de 40% do preço de uma passagem é para cobrir os custos com querosene de aviação. Sanovicz é um ferrenho crítico da política de paridade de preços, segundo o executivo não há cabimento para a Petrobras, que produz mais de 90% do QAV brasileiro, adotar preços de referência internacional.
“Apenas neste ano o querosene de aviação já subiu 70,9% depois de subir 92% no ano passado. Chegando a 45% do preço de um bilhete aéreo. Uma distorção absurda com relação ao que se pratica no mercado internacional. É importante que a sociedade brasileira faça um debate muito profundo e sério sobre esta política de precificação que está gerando resultados bastante complicados para o desenvolvimento da nossa economia e para a recuperação de nossas atividades”, declarou Sanovicz.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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