Petrobras descarta oferta para compra da Braskem, dizem fontes

Oficialmente, a estatal informou que avalia cobrir uma oferta de R$ 10 bilhões para assumir o controle da petroquímica

  • Por Jovem Pan
  • 16/06/2023 06h53 - Atualizado em 16/06/2023 06h58
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Fernando Frazão/Agência Brasil Fachada da Petrobras Fachada da sede da Petrobras, que fica na cidade do Rio de Janeiro

A Petrobras desconsidera apresentar uma oferta de compra pela Braskem. Isso é o que dizem fontes ligadas ao assunto ouvidas pela Jovem Pan. Oficialmente, a estatal informou que avalia cobrir uma oferta de R$ 10 bilhões para assumir o controle da petroquímica. A Petrobras vem acompanhando de perto e monitorando as últimas movimentações em torno da venda da Braskem. Duas propostas foram apresentadas recentemente, uma para um consórcio formado pela Adnoc (estatal de petróleo de Abu Dhabi) e pelo fundo de private equity americano Apollo e outra para um grupo nacional, o grupo Unipar. A Petrobras tem participação societária significativa na petroquímica Braskem, da ordem de aproximadamente 47%. Segundo analistas e especialistas, qualquer que seja a decisão em torno do futuro controle da Braskem, ela obrigatoriamente passa por um parecer da estatal brasileira de petróleo e gás. A oferta de R$ 10 bilhões, feita pelo grupo Unipar e que poderia ser coberta pela Petrobras, seria mais vantajosa do ponto de vista econômico e financeiro do que aquela apresentada pelo grupo internacional. Análises estão sendo feitas, inclusive de “due dilligence”, dentro da Braskem para que essa proposta não vinculante eventualmente seja colocada em prática ao longo dos próximos dias ou meses. Dentro da Petrobras, a visão agora é totalmente diferente daquela do governo de Jair Bolsonaro. Nos últimos quatro anos, a Petrobras colocou em prática um pesado e forte plano de desinvestimentos e de vendas de ativos. Agora, a nova gestão da estatal, sob o comando do presidente Jean Paul Prates, decidiu paralisar alguns desinvestimentos que estavam sendo analisados e o perfil deve ser mais comprador do que vendedor de ativos.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga.

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