‘PGR não pode ser balcão de negócios’, diz ex-lista tríplice

  • Por Jovem Pan
  • 10/09/2019 08h53
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Divulgação Para o procurador, escolha de Aras põe em risco Lava Jato e outras operações contra a corrupção

Cerca de 25 procuradores, inclusive integrantes da Lava Jato fizeram, nesta segunda-feira (9), na porta do Ministério Público Federal (MPF), um protesto contra a escolha de Augusto Aras como o novo Procurador-Geral da República (PGR).

A escolha do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem gerado grande repercussão e até mesmo algumas entregas de cargos regionalmente. Os procuradores carregavam faixas e cartazes defendendo a lista tríplice e a autonomia e independência do MPF e da Procuradoria Geral da República.

Um dos integrantes da lista, Blal Dalloul, disse, durante o ato, que teme pelo futuro da Lava Jato e de outras investigações envolvendo o combate à corrupção no país. “A nossa independência e autonomia não pode ser arranhada, e nós não vamos aceitar isso. Nós vão vamos admitir isso. Vamos agir. O PGR é Procurador-Geral da República mas não é soberano. Nós somos procuradores da República, defendemos a sociedade e não ficaremos calados se nós virmos que, realmente, a PGR pode vir a ser um balcão de negócios. Não vamos aceitar”, ressaltou.

Em nota oficial, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) classificou a escolha de Aras como um “retrocesso democrático e institucional, talvez o maior dos últimos quase 20 anos.”

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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