PMs investigados por morte do menino João Pedro mudam depoimentos

Essa é a terceira vez que há uma mudança das investigações que apuram a morte do adolescente

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2020 07h31 - Atualizado em 08/07/2020 08h10
Reprodução/Twitter Homem negro Um dos agentes da Polícia Civil declarou em seu depoimento que foram disparados 29 tiros do alto da aeronave contra a casa em que o menino estava

Mais uma mudança no discurso entre policiais que participaram da trágica ação que matou o menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, no Complexo do Salgueiro, no São Gonçalo. Essa é a terceira vez que há uma mudança das investigações.

Agentes ouvidos no inquérito aberto para apurar a morte do adolescente admitiram que fizeram disparos do alto do helicóptero. Um dos agentes da Polícia Civil declarou em seu depoimento que foram disparados 29 tiros do alto da aeronave contra a casa em que o menino estava. No solo, os mesmos policiais fizeram mais 35 disparos. A casa de João Pedro foi atingida, segundo a perícia, por ao menos 20 tiros. Até o momento, o autor do disparo fatal que atingiu João Pedro pelas costas não foi identificado.

A investigação já teve troca de delegado, suspeitas sobre a perícia, mudança de versões e até uma decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal proibindo que a polícia do Rio de Janeiro faça operações em favelas.
A polícia fluminense contesta e alega que as favelas estão dominadas pelo tráfico de drogas e pelos milicianos.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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