Polícia Civil apreende R$ 170 mil em casa de servidor do Detran no interior de SP

Homem é suspeito de participar de um esquema de transferências irregulares de veículos e autoridades agora apuram se ele agia sozinho ou se poderia integrar alguma organização criminosa

  • Por Jovem Pan
  • 24/01/2023 07h28 - Atualizado em 25/01/2023 01h02
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Divulgação/Polícia Civil policia-civil-apreensao-detran Polícia Civil apreendeu documentos, celulares, computadores e R4 170 mil em espécie na casa do servidor

Um funcionário da unidade do Detran em Saltinho, interior de São Paulo, foi detido nesta segunda-feira, 23, por suspeita de corrupção. As investigações começaram na semana passada, depois que o Detran identificou operações suspeitas que envolviam o servidor. Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fábio Pinheiro Lopes, o homem é suspeito de participar de um esquema de transferências irregulares de veículos: “Nos procuraram e a Divisão de Crimes Cibernéticos instaurou um inquérito à pedido do Detran de São Paulo. Foram pedidos mandados de busca e hoje foi deflagrada essa operação. Eles acabaram confirmando as suspeitas. Um funcionário foi detido. Na casa dele foi apreendido R$ 170 mil em espécie. Ele foi trazido até a Divisão de Crimes Cibernéticos, onde foi autuado em flagrante na 2ª Delegacia”. As equipes também cumpriram dois mandados de busca e apreensão no local onde o servidor trabalhava desde 2009.

O presidente do Detran, Eduardo Aggio de Sá, relatou como desconfiaram do funcionário: “Existem uma série de normativos que traçam as diretrizes de como os sistemas devem ser operados. Uma vez que a gente notou que esses sistemas estavam sendo operados fora dessas diretrizes, nós achamos por bem notificar a Polícia Civil, que agiu prontamente para identificar essa conduta do servidor do Detran”. O servidor público foi autuado em flagrante pelo crime de peculato eletrônico, ação de inserir, deletar ou modificar informações dentro do banco de dados de uma instituição. O homem não tem passagem pela polícia e confessou o crime.

Segundo o delegado da Divisão de Crimes Cibernéticos, André Ikari, a polícia ainda quer descobrir se ele agia sozinho ou se poderia integrar alguma organização criminosa: “Isso vai ser apurado a partir de agora, com base nas informações que nós colhemos hoje. Tanto do interrogatório dele, quanto dos documentos que nós apreendemos, tanto na seção de trânsito dele, quanto na residência dele. Nós iremos analisar para iniciar essa outra parte da investigação”. Os objetos apreendidos agora serão encaminhados para perícia.

*Com informações da repórter Soraya Lauand

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