Os empresários seriam donos de locadoras de carros que participaram de contratos com prefeituras. Além de Araçariguama, outras cidades podem estar envolvidas. “Elas cediam menos carros que o número previsto em contrato, mas recebiam o valor integral. As locadoras ainda cobravam pelo combustível e pela cessão de motoristas que, conforme as licitações, deveriam ser fornecidos sem custo extra”, detalhou o delegado Marcelo Carriel, responsável pelo caso.
A operação apreendeu nove carros, entre eles modelos de luxo, como uma Ferrari, um Porsche, duas BMW e uma Mercedes. Documentos, computadores, celulares e R$30 mil em dinheiro ainda foram confiscados. “Os donos desses veículos caros não demonstraram de onde veio o dinheiro para as aquisições”, disse o delegado.
Segundo a prefeitura de Araçariguama, os contratos investigados foram fechados em gestões anteriores, nos anos de 2009, 2014 e 2016. A atual gestão teria reduzido os gastos com locação, adquirindo veículos próprios.
A prefeitura ainda informou ter enviado às autoridades todas as informações necessárias, bem como todos os contratos e outros elementos para esclarecer o caso. Uma sindicância foi aberta para apurar os fatos na esfera administrativa, visto que os acordos já foram auditados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) que, à época, constatou a regularidade deles.